tag:blogger.com,1999:blog-70721717465335801132024-03-13T03:55:26.135-03:00Fisioterapia e Reabilitação AnimalLizandra Fernandes Leite - Médica Veterináriahttp://www.blogger.com/profile/05655264088125616958noreply@blogger.comBlogger19125tag:blogger.com,1999:blog-7072171746533580113.post-87925515722556589972012-03-08T13:18:00.001-03:002012-03-08T13:19:17.783-03:00Caso Nina - fisioterapia após colocefalectomia.Assistam à recuperação da Nina!!<br />
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<a href="http://www.youtube.com/watch?v=tn6pnhGmkjg">http://www.youtube.com/watch?v=tn6pnhGmkjg</a><br />
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Qualquer dúvida: li_vet09@hotmail.comLizandra Fernandes Leite - Médica Veterináriahttp://www.blogger.com/profile/05655264088125616958noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7072171746533580113.post-42367859645509281692011-08-25T16:35:00.000-03:002011-08-25T16:35:14.860-03:00CÃES - Síndrome da cauda equina.<div style="text-align: justify;">A cauda equina é um "conjunto de nervos" que fica logo após o término da medula propriamente dita. Alguns dos nervos periféricos que formam a cauda equina e que tem importância clínica são os nervos isquiáticos (L6-L7-S1); nervos pudendos (S2 e S3); nervos pélvicos (S2 e S3) e nervos caudais (Cc1 a Cc5). Alguns estudos demonstraram que as articulações lombossacrais possuem mais mobilidade do que outras articulações da coluna, o que pode influenciar a maior incidência de doenças degenerativas nessa região.</div><br />
<div style="text-align: justify;">A síndrome da cauda equina (SCE) também pode ser chamada de estenose do canal vertebral lombossacro, instabilidade lombossacra, entre outros. A estenose do canal vertebral é uma designação que abrange vários distúrbios que resultam em estreitamento do canal vertebral lombossacro, o que acarreta em compressão da cauda equina. O temo SCE descreve um grupo de sinais neurológicos que resultam de compressão, destruição ou deslocamento das raízes nervosas e dos nervos espinhais que formam a cauda equina por várias causas (incluindo estenose do canal vertebral lombossacro).</div><br />
<div style="text-align: justify;">A estenose do canal vertebral lombossacro é um distúrbio adquirido de <span class="Apple-style-span" style="color: #cc0000;">cães de raças de grande porte</span> que resulta de todas ou várias das alterações que se seguem:</div>- Protrusão de disco tipo II (abaulamento dorsal do ânulo fibroso);<br />
- Hipertrofia e/ou hiperplasia do ligamento interarqueado;<br />
- Espessamento de arcos vertebrais ou facetas articulares ;<br />
- Subluxação/instabilidade da junção lombossacra.<br />
<div style="text-align: justify;">Nos cães, o problema encontrado com mais frequência é um "deslizamento" ventral do sacro com relação ao corpo da vértebra L7.</div><br />
<div style="text-align: center;"><br />
</div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-jIaDG2GAmlo/TlURHDHqqhI/AAAAAAAAAEk/2AIUnukBCPc/s1600/L7-S1.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="211" src="http://1.bp.blogspot.com/-jIaDG2GAmlo/TlURHDHqqhI/AAAAAAAAAEk/2AIUnukBCPc/s400/L7-S1.png" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Radiografia de um cão. Localização das vértebras L7 e S1. Fonte: <span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">http://dc109.4shared.com/img/5rmQnn0s/preview.html</span></td></tr>
</tbody></table><br />
<div style="text-align: justify;">Em um estudo, 30% dos cães da raça Pastor Alemão que apresentavam sinais clínicos de compressão da cauda equina tinham anormalidades radiográficas e patológicas compatíveis com osteocondrose da placa terminal sacral.</div><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: red; font-size: large;">Sinais clínicos</span><br />
<div style="text-align: justify;">A SCE é mais comum em cães de grande porte, como o Pastor Alemão. Os machos podem ser mais acometidos que as fêmeas. Os cães que tem a forma congênita da doença, geralmente são de raças menores.</div><div style="text-align: justify;">Os cães acometidos, na maioria, tem entre 3 a 7 anos; porém a doença pode ocorrer em qualquer idade.</div>É uma doença rara nos gatos.<br />
<br />
Os principais sinais clínicos incluem:<br />
- Dor aparente à palpação da região lombossacra, à extenção caudal dos membros pélvicos ou quando o cão eleva a cauda;<br />
- Dificuldade para levantar;<br />
- Claudicação (mancar) em membro pélvico - geralmente de um lado só;<br />
- Atrofia muscular dos membros pélvicos;<br />
- Paresia da cauda;<br />
- Desgaste dos dedos;<br />
<div style="text-align: justify;">- Incontinência urinária e/ou fecal ou micção inadequada, pois o cão não consegue assumir a posição correta;</div>- Automutilação do períneo, da cauda ou dos membros pélvicos;<br />
- Parafimose (raro).<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">Na maioria dos casos, os sinais clínicos vão progredindo com o decorrer do tempo. Podem facilmente ser confundidos com sinais de displasia coxofemoral ou mielopatia degenerativa.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">No exame neurológico, há déficit da marcha que está relacionado com a paresia do nervo ciático (faz com que o cão arraste os dedos). Pode haver depressão ou ausência da propriocepção consciente (quando o cão não consegue virar a pata para a posição normal, veja figura) e os reflexos patelares normalmente estão normais ou exagerados. Reflexos de flexão ausentes ou diminuídos nos membros pélvicos; tônus anal e reflexos do esfíncter anal diminuídos; bexiga atônica; hipoestesia do períneo e da cauda e atrofia muscular.<br />
<br />
</div><div style="text-align: justify;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-863tRGU8bl8/TlaePDqEWjI/AAAAAAAAAEo/DaZQOE7lsv4/s1600/perda+propriocep%25C3%25A7%25C3%25A3o.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-863tRGU8bl8/TlaePDqEWjI/AAAAAAAAAEo/DaZQOE7lsv4/s1600/perda+propriocep%25C3%25A7%25C3%25A3o.png" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Cão da raça Pastor Alemão com perda de propriocepção (pata "virada" para cima).</td></tr>
</tbody></table><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color: red; font-size: large;">Diagnóstico</span></div><div style="text-align: justify;">- O diagnóstico é fechado com base nos sinais clínicos que o animal apresenta, juntamente com a radiografia. </div><div style="text-align: justify;">- A radiografia simples pode determinar alterações importantes como diminuição de espaço entre L7-S1, doença articular degenerativa nesse mesmo local, deslocamento ventral do sacro em relação a L7, entre várias outras. Outros exames mais precisos, que fornecem informações que a radiografia simples não fornece são: tomografia linear, eletromiografia, radiografias contrastadas, mielografia, epidurografia, ressonância magnética, entre outros.</div><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: red; font-size: large;">Tratamento</span><br />
<div style="text-align: justify;">- Quando o cão apresenta sinais discretos ou quando o único problema é a dor lombossacra aparente, confinamento e exercícios com guia por 4-6 semanas geralmente melhoram com o passar do tempo. Pode-se usar analgésicos ou corticóides, sempre acompanhado pelo veterinário.</div><div style="text-align: justify;">- Para os cães que recebem somente o tratamento clínico, os sinais podem recidivar. Quando a opção é por não fazer a cirurgia, a fisioterapia é essencial para manutenção do paciente. </div><div style="text-align: justify;">- Quando os sinais clínicos vão de moderados à grave (especialmente os que tem incontinência urinária/fecal) ou há recidiva, deve-se pensar em cirurgia descompressiva da cauda equina. </div><div style="text-align: justify;">- PÓS CIRÚRGICO: Os cães devem ser confinados por 2-4 semanas após a cirurgia. As complicações do pós operatório incluem seroma no local da cirurgia e cicatriz de laminectomia. Cães que passaram pela cirurgia, devem ter acompanhamento rigoroso do veterinário e controle da dor.</div><div style="text-align: justify;">- Antes da cirurgia, quando há atonia vesical (bexiga não consegue liberar a urina), deve ser feito o esvaziamento manual da bexiga 3 vezes por dia.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color: red; font-size: large;">Prognóstico:</span></div><div style="text-align: justify;">- O prognóstico depende da gravidade dos sintomas antes da cirurgia. Pode-se esperar retorno normal das funções para cães que tinham sinais discretos antes da cirurgia. Cães com atonia vesical ou esfíncter anal flácido antes da cirurgia tem um prognóstico pior.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color: red; font-size: large;">FISIOTERAPIA</span></div><div style="text-align: justify;">A fisioterapia é imprescindível para cães que tem síndrome da cauda equina, especialmente àqueles que não irão passar pela cirurgia. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">- Para cães que fizeram cirurgia:</div><div style="text-align: justify;">A fisioterapia aqui irá tratar especialmente a dor e os estímulos proprioceptivos. Mobilização articular passiva, massagem, estímulos como a escovação por exemplo. </div><div style="text-align: justify;">É usado o TENS para controle da dor, laser para manutenção das articulações e também como antiinflamatório e para a dor. Ultrassom terapêutico (UST) também pode ser usado antes dos alongamentos.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">- Para cães que não fizeram cirurgia:</div><div style="text-align: justify;">Aqui a fisioterapia é muito importante e não deve ser deixada de lado. Irá manter o cão sem dor e fazer muitos estímulos proprioceptivos, o que é fundamental no tratamento. Faz-se o uso de TENS (dor), laser (dor e estímulos regenerativos), UST (para preparar a musculatura para o alongamento), escovação, massagem, mobilização passiva, pedalagem, entre outros. Quando o cão consegue andar e não demonstra dor, pode ser usada a pista de obstáculos (bem baixinho) para estimular a propriocepção do cão durante a marcha.</div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dx1X83bJM1Hfy9jdjjBOR_NF95OuhVggymvmHX7i2Iq7KZU1djI9w7GKgiTXA55AzVo3stNh7ASPkvpBfsIJA' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: center;">Paciente Jobe Júnior, Pastor Alemão, 11 anos. O diagnóstico é de SCE + displasia coxofemoral. No vídeo, fazendo exercícios proprioceptivos com obstáculos. O Júnior continua em tratamento.</div><br />
Referência: Tratado de medicina interna veterinária - Ettinger e Feldman, 2004.<br />
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Lizandra Fernandes Leite - Médica Veterináriahttp://www.blogger.com/profile/05655264088125616958noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7072171746533580113.post-80746400709499636152011-07-13T16:09:00.000-03:002011-07-13T16:09:24.516-03:00GATOS - Síndrome da queda de grande altura.<div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Essa é uma situações que muitos proprietários de gatos que moram em apartamento passam. Essa síndrome descreve o conjunto de lesões sofridas por qualquer animal que caia de uma altura considerável de, geralmente, no mínimo 2 andares (cerca de 3,6 metros por andar). Essa é uma síndrome comum para gatos mais jovens, que vivem em área urbana, prédios e que não tenham as janelas e sacadas teladas. O termo grande altura se refere aos elevados edifícios dos quais caem animais. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O índice de sobrevivência para gatos que sofrem esse mal, é animador, cerca de 90%. Em um recente estudo feito sobre essa síndrome, 3% dos gatos estavam mortos ao chegar ao local, 37% precisaram de tratamento para sustentação vital, 30% precisaram de tratamento não emergencial e 30% dispensaram qualquer tipo de tratamento. Os gatos que sobrevivem 24 horas após a queda raramente morrem por causas relacionadas com a síndrome. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img src="http://4.bp.blogspot.com/_DjgUpJOlQyA/S1HKu21hLrI/AAAAAAAAAYc/pYGQPg5nrS0/s640/gato+caindo+de+p%C3%A9+boadaweb.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Essa sequência ocorre com todos os gatos que caem. Quando a altura é mais de 7 andares, ele fica relaxado e preparado para aterrissar.<br />
</td></tr>
</tbody></table><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Quando a queda tem uma distância de até 7 andares, há um aumento nas lesões que os gatos sofrem. Acima dessa altura, o número de lesões (principalmente fraturas) permanece o mesmo ou diminui. Acredita-se que isso ocorra porque gatos que caem de uma altura elevada (mais de 7 andares) atinjam a velocidade final de queda (cerca de 96 km/h) e nesse ponto o aparelho vestibular não é mais estimulado. Quando a queda é menor do que 7 andares, o ponto de velocidade máxima não é atingido, então a estimulação vestibular contínua resulta em rigidez dos membros e a incapacidade do animal se preparar ao máximo para uma aterrissagem horizontal. Com essa incapacidade de preparação, é desigual e menor a força de distribuição do impacto, que com as extremidades rígidas, causam mais fraturas e outras lesões. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: center;"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgt-J9PckG6EsRIzGccsV3RzE0SjVxdk3JwBTvNIITyHfckm8D6Jw_BLYuOlqzytpg_bzEimuysNNP878ZGCCpPWgC2m3m2cdZZwcTW9F52F06V0EJ2QFeMQNfcgGSBkyYtkZNF4g0ITck4/s400/gato.png" /></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Para o diagnóstico deve ser feito um exame físico completo e, nos gatos que apresentem angústia respiratória, deve ser feita a toracocentese diagnóstica e terapêutica antes da realização do raio x. Devem também ser feitos alguns testes de avaliação rápida como proteína total, volume globular, BUN, glicose do sangue, tira reativa para urina e densidade urinária. Esses testes ajudam a identificar os gatos que estão em choque e/ou gatos que estejam com perda de sangue ou comprometimento urinário. </div><div style="text-align: justify;">Também devem ser feitas radiografias torácicas e abdominais assim que o gato estiver estável e, se houver suspeita de traumatismo ou derrame abdominal deve ser feita uma abdominocentese (o líquido colhido deve ser enviado ao laboratório para análise). </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O tratamento desses gatos inclui: </div><div style="text-align: justify;">- Toracocentese (para todos os gatos que apresentem dispnéia);</div><div style="text-align: justify;">- Oxigenioterapia (para gatos com dificuldade respiratória);</div><div style="text-align: justify;">- Fluidoterapia de suporte (quando há choque ou desidratação. Quando há lesão bucal, pode ser necessária fluidoterapia prolongada);</div><div style="text-align: justify;">- Reparos de fraturas, ferimentos e outras lesões (reparos que devem ser feitos quando o gato estiver estabilizado);</div><div style="text-align: justify;">- Apoio nutricional (em alguns casos é necessária alimentação com sonda esofágica ou gástrica);</div><div style="text-align: justify;">- <b><span class="Apple-style-span" style="color: purple;">Fisioterapia</span></b> para os muitos casos em que há fraturas ou outras lesões como feridas extensas. A fisioterapia é importante, sendo no pós operatório ou para gatos que não necessitem de cirurgia.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="color: purple; font-size: large;">Fisioterapia para gatos que sofreram síndrome da queda de grande altura:</span></div><div style="text-align: justify;">A fisioterapia é uma ferramenta muito importante para a recuperação desses gatos. Deve ser iniciada assim que o gato foi estabilizado e/ou passou pela cirurgia de reparo das fraturas. </div><div style="text-align: justify;">- Pós operatório de fraturas: É usado o gelo no início (crioterapia), para evitar edemas e melhora da dor e inflamação. Para a dor, pode ser usada o TENS e, quando o gato fica alguns dias sem apoiar a pata, é usado o FES (eletroestimulação funcional). O uso do laser acelera a formação do calo ósseo, diminui a dor e a inflamação. O ultrassom terapêutico não pode ser usado em todos os casos, pois quando há placa, pinos ou cerclagem, pode haver um aquecimento exagerado do local, provocando lesões (se usado no modo contínuo). Aqui também entram os alongamentos, exercícios passivos de mobilização, massagem e exercícios ativos com bola, pranchas e pistas de obstáculos. </div><div style="text-align: justify;">- Sem cirurgia: Esse é o caso de gatos que não vão fazer cirurgia, mas têm alguma lesão extensa de pele, que não pode ser suturada. O laser terapêutico é ótimo cicatrizante e deve ser feito diariamente. Aqui também entram os gatos que sofreram alguma fratura que não será operada, como no quadril ou nas costelas. A fisioterapia para esses pacientes é fundamental e proporciona mais conforto e qualidade de vida. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: center;"><img src="http://www.fisioanimal.com/wp-content/uploads/2011/04/3528kitten-300x219.jpg" /></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Bibliografia: O paciente felino - segunda edição. Gary D. Norsworthy, et al. </div>Lizandra Fernandes Leite - Médica Veterináriahttp://www.blogger.com/profile/05655264088125616958noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-7072171746533580113.post-13522064531973741872011-06-18T21:39:00.002-03:002011-06-18T21:42:52.463-03:00Condicionamento físico de cães atletas - Parte 2<div style="text-align: center;"><b><span class="Apple-style-span" style="color: #8e7cc3; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: large;"><br />
</span></b><br />
<b><span class="Apple-style-span" style="color: #8e7cc3; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: large;">Fortalecimento</span></b></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">A força muscular pode ser definida como a capacidade de um músculo ou grupo muscular de gerar tensão e uma força resultante. A força muscular é muito importante para cães de corrida. A força está intimamente relacionada à velocidade, como nos Greyhounds de corrida, que são muito fortes e podem alcançar uma velocidade de até 70km/h. O hormônio do crescimento pode aumentar a massa muscular em cães.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span><br />
<b><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Exercícios</span></b><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Os exercícios de fortalecimento muscular se baseiam em alguns princípios básicos gerais, como o da especificidade e da sobrecarga.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">- Princípio da especificidade: se refere à necessidade de treinamento dos sistemas do corpo usados durante uma atividade esportiva. Esse princípio aplicado no fortalecimento muscular visa o fortalecimento e treinamento dos grupos musculares responsáveis por uma ou várias ações necessárias para que o exercício seja realizado. O programa de fortalecimento deve ser específico para cada cão, direcionado ao tipo de atividade muscular necessária para a execução do exercício que o cão faz. Vamos dar um exemplo de um cão atleta que participa de competições de <i>frisbee</i>. Esse cão, em particular, acelera rapidamente em linha reta, salta, desacelera, vira-se, novamente inicia uma corrida e pula sobre um obstáculo. Então, para esse cão, o plano de fortalecimento dos membros pélvicos deve ser feito para aumentar a aceleração da corrida e o impulso do salto. Já o programa para seus membros torácicos será direcionado para aumentar a capacidade de desacelerar e girar o corpo.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span><br />
<div style="text-align: center;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img alt="Frisbee com cães" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhm9vVV87VwiRIg4b26dT2wVxOeyiVMkdFpphtVB-ddEnUms77AfBpxTjIAqb7fWgKVU3UhCE-iEQWP0mDF1Q0TFtNv6PV2Sw1VqPlkzBQjmfu1MbIX-CogJ8Iy4XpF2z3St7Uj9VGDtxo/s400/frisbee_dog2.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Cão praticando <i>frisbee</i></td></tr>
</tbody></table><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"></span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">- Princípio da sobrecarga: é o fator mais importante no programa de treinamento. O princípio diz que para aumentar a força (ou a resistência), deve-se empregar uma carga excedente à capacidade metabólica dos sistemas muscular e cardiorrespiratório durante o exercício. Esses sistemas devem ser exercitados até que cheguem à fadiga, para que se alcance uma melhor performance esportiva. </span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Os exercícios de fortalecimento incluem trote, trote em superfície inclinada, brincadeiras controladas usando bolas, puxar pesos ou carroças, galope, natação, dança, recuperação e carrinho de mão. Atividades de velocidade incluem a aceleração e desaceleração rápidas em aclives e declives, brincadeiras com bolas e até brincadeiras e corridas com outros cães.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span><br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img src="http://www.melhoramiga.com.br/wp-content/uploads/2011/04/natacao-cao-300x204.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Natação</td></tr>
</tbody></table><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="color: #8e7cc3; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: large;"><b>Resistência</b></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">A resistência é extremamente importante para cães atletas que fazem atividades de esforço prolongado, como o pastoreio. Os exercícios aeróbicos de resistência geralmente exercitam os grande grupos musculares por mais do que 15 minutos, e são realizados várias vezes por semana. A atividade aeróbica é responsável pelo aumento (a longo prazo) da oxigenação e vascularização dos tecidos musculares; e também pela perda de peso. Também nesses atletas se observam outras mudanças, como a diminuição da frequência cardíaca em repouso e aumento da capacidade de volume cardíaco, o que resulta em diminuição da pressão sanguínea em repouso, entre outras melhoras. </span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Todos esses fatores contribuem para um melhor desempenho esportivo. O treinamento também deixa mais fortes os ossos, músculos e tendões; e aumenta a resistência dos ligamentos e das cartilagens. </span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Se o cão não tiver fatores como obesidade e deformidade nos membros, por exemplo, a atividade física não irá predispor à osteoartrose. Para o treinamento de resistência são usados o trote, a natação, esteira aquática ou terrestre e tração. </span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span><br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img height="640" src="http://www.fisioanimal.com/wp-content/uploads/2009/04/loba-esteira-aq-primeira82-168x300.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="358" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Esteira aquática</td></tr>
</tbody></table><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"></span></div></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: large;"><b><br />
</b></span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="color: #8e7cc3; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: large;"><b>Equilíbrio e Propriocepção</b></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">As atividades físicas melhoram o equilíbrio e a propriocepção. O <b>equilíbrio</b> é a capacidade de adaptação durante a locomoção ou estação, sendo que também está relacionado ao ajuste na mudança de direção ou de superfícies. A <b>propriocepção</b> é a percepção inconsciente do movimento e da orientação espacial gerada pelo corpo. Para um melhor desempenho nas atividades do cão atleta, a propriocepção e o equilíbrio devem estar aprimorados. O treinamento proprioceptivo pode ser feito com caminhadas em círculo ou em 8 e atividades de transposição de objetos de diferentes tamanhos e formatos. Os exercícios de equilíbrio são os que exigem uma resposta rápida à mudança de inclinação, como trampolim, natação e prancha de equilíbrio. </span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span><br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img height="267" src="http://dicasderoteiro.files.wordpress.com/2010/11/agilidade.jpg?w=550&h=368" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="400" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Gangorra de agility</td></tr>
</tbody></table><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"></span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Outras atividades de equilíbrio e agilidade incluem transposição de cavaletes, mudanças rápidas de direção durante o trote ou galope, exercícios com bola terapêutica, dança, carrinho de mão, cabo-de-guerra e brincadeiras controladas com bolas. </span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span><br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img src="http://www.centroveterinario.com.br/fotos/22-n-caobolinha.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Brincadeira controlada com bola</td></tr>
</tbody></table><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"></span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Outro ponto muito importante no plano de condicionamento físico é o repouso. O repouso auxilia na prevenção da fadiga muscular e de lesões por uso excessivo. Entretanto, quando o cão está condicionado, as pausas para repouso são diminuídas, além de ser responsável pela redução das taxas de ácido lático circulante ao término de atividades musculares intensas. </span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Além disso, o condicionamento físico previne a síndrome da rabdomiólise, que ocorre pelo acúmulo de íons hidrogênio no tecido muscular durante o exercício; edema e isquemia musculares; morte de hemácias localizadas nos tecidos musculares; mioglobinúria e insuficiência renal. Essa doença é mais comumente observada após exercício intenso e em cães com pouco condicionamento físico.</span></div></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: large;"><b><br />
</b></span><br />
<div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: large;"><b><img height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnnmel7fwlH31xQh24jaPtMw88Lk4qM9sK6h8Dxk5_R_Ls5PU8ttssxvy634JzLamET6mDvO47PRymE2bylZT_Eb_GXzycEo9Pf7b2JKPR28-AAwrvPpuVJrqa6aIvBrdfR0KiRdrKV_hi/s400/BXK16003_deitado-direita-800.jpg" width="400" /></b></span></div></div></div>Lizandra Fernandes Leite - Médica Veterináriahttp://www.blogger.com/profile/05655264088125616958noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-7072171746533580113.post-63229952078261505422011-06-05T12:41:00.001-03:002011-06-05T12:55:26.704-03:00Condicionamento físico de cães atletas - Parte 1Retirado do livro <b>Reabilitação e fisioterapia na prática de pequenos animais, </b>dos autores <b>Levine, D. et al.</b><br />
<b><br />
</b><br />
<div style="text-align: justify;">O condicionamento físico pode ser definido como o processo de preparo físico e mental para a realização de uma atividade física intensa. Um cão atleta bem condicionado e treinado requer um proprietário, treinador ou tratador comprometidos com o programa de condicionamento bem definido. O treinamento cardiovascular e musculoesquelético são partes fundamentais do programa. O treinamento também é importante, pois ensina o cão atleta as especificidades de cada atividade esportiva, também influenciando no comportamento do animal.<br />
<div style="text-align: center;"><img src="http://blogs.jovempan.uol.com.br/petrede/wp-content/uploads/2010/03/agility.jpg" /></div><div style="text-align: center;"><br />
</div></div><div style="text-align: justify;">O condicionamento inicia precocemente na vida de um cão atleta, porém exercícios intensos são contra-indicados quando filhotes, porque as epífises ósseas ainda estão abertas. Cada tipo de cão tem um período diferente de fechamento das epífises. Antes do fechamento das epífises, o condicionamento se restringe a brincadeiras e atividades voluntárias (corridas e caminhadas).<br />
<br />
<div style="text-align: center;"><img src="http://www.examiner.com/images/blog/wysiwyg/image/puppy-tugging-on-leash(1).jpg" /></div><div style="text-align: center;"><br />
</div>É importante que o animal seja testado ou que tenha sua família analisada, para evitar que doenças exacerbem, como a displasia coxofemoral. O condicionamento propriamente dito se inicia na puberdade, quando os hormônios andrógenos surgem, pois são importantes para o desenvolvimento muscular.</div><div style="text-align: justify;"><br />
<br />
<b>Alimentação</b><br />
Outro ponto chave no condicionamento de cães atletas é a nutrição. Ela deve ser balanceada e completa, com ingredientes de qualidade, de preferência ração super premium. É importante para manutenção e crescimento do cão atleta. Durante o período de exercícios intensos, os cães não devem ser alimentados. O esvaziamento gástrico é atrasado em mais de 1 hora pelos exercícios quando o cão é destreinado.<br />
A hidratação é de suma importância, devendo ser fornecida água de qualidade à vontade, principalmente em ambientes mais quentes.<br />
<br />
<div style="text-align: center;"><img src="http://edhyghellen.files.wordpress.com/2010/11/101444-large.jpg" /></div><br />
<b>Sistema cardiovascular</b><br />
Durante a realização de exercícios físicos, ocorre um aumento na frequência cardíaca e na pressão arterial. Com o tempo, também ocorre aumento de hemácias no sangue. A frequência cardíaca é maior em cães obesos sendo exercitados do que em cães com peso normal. Com o tempo, o treinamento leva à adaptação do sistema cardiovascular. Estudos em humanos atletas revelaram uma diminuição da frequência cardíaca quando a pessoa está em repouso. Esse fato é particularmente observado durante o treinamento de resistência, mas também se apresenta como resposta ao treinamento de fortalecimento.<br />
<br />
<b>Testes de preparo</b><br />
A resistência e adaptação ao exercício são avaliadas por meio de corrida em esteira, testes de caminhada com duração de 6 minutos ou pela performance física do cão durante atividades em espaço aberto como gramado, campo ou pista.<br />
<br />
<div style="text-align: center;"><img src="http://oglobo.globo.com/blogs/arquivos_upload/2008/10/213_241-spa%20cachorro.jpg" /></div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: center;"><img src="http://liverun.blogtv.uol.com.br/img/Image/LiveRun/2009/Janeiro/running_dogs.jpg" /></div><br />
<b>Início do condicionamento físico</b><br />
Durante a montagem de um plano de treinamento, é feita a escolha da frequência, intensidade e duração dos exercícios. A frequência é definida como o número de ciclos de exercício em um período de tempo (por sessão, dia ou semana). Em excesso podem ter impacto negativo no treinamento, irritar uma condição existente ou causar uma lesão, por causa do repouso insuficiente, a fadiga muscular ou cardiovascular excessiva, ou do estresse colocado sobre os tecidos durante a atividade. Não existem descrições científicas sobre os parâmetros ideais de exercícios de condicionamento físico e manutenção de cães atletas. O programa será feito especificamente para o seu cão, por um médico veterinário capacitado.</div>Lizandra Fernandes Leite - Médica Veterináriahttp://www.blogger.com/profile/05655264088125616958noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7072171746533580113.post-75203447669677795482011-06-01T18:38:00.000-03:002011-06-01T18:38:31.345-03:00Escaras de decúbito<div style="text-align: justify;">As escaras de decúbito são muito comuns em pacientes com problemas ortopédicos e neurológicos. É um problema que nos deparamos frequentemente, e muitas vezes os proprietários não sabem como agir ao ver o cão sofrer com as escaras. Abaixo vou colocar uma explicação resumida sobre as escaras de decúbito, que tirei do livro <b>Reabilitação e Fisioterapia na Prática de Pequenos Animais,</b> dos autores <b>Levine, D. et al.</b></div><b><br />
</b><br />
<div style="text-align: justify;">As úlceras de decúbito em pacientes veterinários estão relacionadas a alta morbidade e altos custos para o proprietário. Geralmente, as úlceras de decúbito são geradas pela aplicação prolongada de pressão sobre a pele que recobre uma proeminência óssea, resultando em um tecido isquêmico local ou regional. A progressão dessas úlceras é influenciada por outros fatores, como umidade, fricção e cortes. Algumas doenças como paralisias, doenças vasculares, doenças metabólicas (diabetes ou hiperadrenocorticismo) e desnutrição, podem aumentar o risco de desenvolvimento das úlceras de decúbito. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Na medicina veterinária, observa-se que a maioria dos casos está relacionada a pacientes com dificuldades locomotoras ou muito debilitados. Os cães obesos e de grande porte são mais suscetíveis ao desenvolvimento de úlceras de decúbito, pelo maior peso corporal.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">As localizações anatômicas mais comumente afetadas pelas úlceras de decúbito são:</div><div style="text-align: justify;">- MEMBROS PÉLVICOS: trocanter maior (articulação coxofemoral), tuberosidade isquiática (no quadril, perto do ânus), calcâneo (calcanhar), maléolo lateral da tíbia (tornozelo) e face lateral do quinto dedo.</div><div style="text-align: center;"><img height="216" src="http://www.webanimal.com.br/cao/img/escara2.jpg" width="320" /></div><div style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhweELLPKb354H_0IlOCYygffoZ78ioBAMAAuLwnrXHb2zGGdr2bELBJ0cIPXXtrJP2ZkFZ-6LsGzdeh-QeBIsEJi1dF47UE3DSiiEWRgsAK33rTQMltGB3hyphenhyphenNjjVfYb03b-OjheDAwTDQ/s1600/002.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhweELLPKb354H_0IlOCYygffoZ78ioBAMAAuLwnrXHb2zGGdr2bELBJ0cIPXXtrJP2ZkFZ-6LsGzdeh-QeBIsEJi1dF47UE3DSiiEWRgsAK33rTQMltGB3hyphenhyphenNjjVfYb03b-OjheDAwTDQ/s320/002.JPG" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrnZIjQxUPOufemvPzIqKtq9OMEuJ5eIwJYndE4beqc3FE68VnIlHHNasCj5HUMbfvLJ4KVqBL9pSyTXXI7LZozLo6S38xbkIEZHUohPiImi8S418i5LANBA7rI_KwC1ksaRfl6s7YXNw/s1600/003.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrnZIjQxUPOufemvPzIqKtq9OMEuJ5eIwJYndE4beqc3FE68VnIlHHNasCj5HUMbfvLJ4KVqBL9pSyTXXI7LZozLo6S38xbkIEZHUohPiImi8S418i5LANBA7rI_KwC1ksaRfl6s7YXNw/s320/003.JPG" width="240" /></a></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEho_wwXpXdZa9K1kJJG2kz5TtqujHWZHQB8ihvw2Kdxy3CdSNCIr2Mk6I23PzkXYirNV0ZmV2-k1oBucDv7C9o0XMhyphenhyphenCHEDgEeEtcSVRdbMBd_KcUL2ZfBCGsw5ZAaP3oYj-eHBIj4OCoE/s1600/012.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEho_wwXpXdZa9K1kJJG2kz5TtqujHWZHQB8ihvw2Kdxy3CdSNCIr2Mk6I23PzkXYirNV0ZmV2-k1oBucDv7C9o0XMhyphenhyphenCHEDgEeEtcSVRdbMBd_KcUL2ZfBCGsw5ZAaP3oYj-eHBIj4OCoE/s320/012.JPG" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">- MEMBROS TORÁCICOS: acrômio (ombro), olécrano (colovelo), epicôndilo lateral do úmero (colovelo), face lateral do quinto dedo.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><img src="http://www.webanimal.com.br/cao/img/escara1.jpg" /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><b>Prevenção</b></div><div style="text-align: justify;">O reconhecimento dos fatores de rico é o primeiro passo a ser tomado para a prevenção do desenvolvimento das úlceras. Pacientes com limitação da mobilidade (em particular os cães de grande porte), tem alto potencial para desenvolver as escaras (ou úlceras de decúbito).</div><div style="text-align: justify;">O mais eficiente para a prevenção é o leito correto, que deve ser macio (de preferência colchão de ar de uso veterinário). Deve-se virar o paciente de lado, a cada duas horas, e a pele deve ser mantida limpa e seca.</div><div style="text-align: justify;">A avaliação das condições da pele devem fazer parte de uma rotina diária. A identificação e monitoração nas fases iniciais resultam em uma cicatrização mais rápida e efetiva. Os pelos devem ser cortados, pois retém umidade (urina e fezes) e camufla a real situação da pele, retardando o início das medidas preventivas ou o tratamento. Assim que a lesão for identificada, deve ser classificada e descrita. Mensurar a escara com fotos diárias ajuda a observar a progressão ou regressão das escaras de decúbito.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>Tratanento</b></div><div style="text-align: justify;">Deve ser feito o debridamento de todas as escaras (remoção dos tecidos inviáveis). Esse processo acelera a cicatrização pois cria um ambiente livre de infecções e tecidos necrosados. Após o debridamento, a ferida irá cicatrizar por segunda intenção.</div><div style="text-align: justify;">Vários medicamentos tópicos apresentam efeitos potenciais na cicatrização, principalmente quando aplicados durante a fase inflamatória do processo cicatricial. Se houver infecção, será necessário iniciar uma antibioticoterapia. Úlceras mais avançadas podem precisar de reconstrução cirúrgica.</div><div style="text-align: justify;">Independente do tipo de tratamento escolhido, a ferida deve ser mantida livre da ação de forças. Proteger a ferida contra a umidade, microrganismos, pressão, cortes e fricção é essencial para obter bons resultados.</div><div style="text-align: justify;">Na fisioterapia, o tratamento de feridas de decúbito é essencial no programa de reabilitação.</div>Lizandra Fernandes Leite - Médica Veterináriahttp://www.blogger.com/profile/05655264088125616958noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-7072171746533580113.post-5134807363508783072011-04-03T21:55:00.001-03:002011-04-03T21:57:21.618-03:00Paciente Pretinha - Displasia CoxofemoralAssista ao video do tratamento da Pretinha, uma Border Collie, fêmea, hoje está com pouco mais de um ano; um caso muito interessante de displasia coxofemoral bilateral em grau avançado (subluxação, arrasamento do acetábulo, remodelamento da cabeça femoral).<br />
<br />
O tratamento dela começou em 22/08/2010 e terminou em 01/04/2011, e incluiu fisioterapia, cirurgias e medicamentos.<br />
Por ela ser filhote (iniciou a fisio com 8 meses), a recuperação foi muito rápida, principalmente após a segunda cirurgia, pois ela fazia sessões de fisioterapia há alguns meses -- podemos observar a importância da fisioterapia pré-operatória!<br />
<br />
Espero que gostem do vídeo:<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/NQF-rh2EeQg?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe><br />
<br />
Qualquer dúvida: li_vet09@hotmail.comLizandra Fernandes Leite - Médica Veterináriahttp://www.blogger.com/profile/05655264088125616958noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7072171746533580113.post-10152115157455155712011-01-31T13:08:00.000-02:002011-01-31T13:08:01.791-02:00Sites animais!!!Aqui vão alguns links de sites e blogs muito úteis e interessantes.. Aposto que terá alguma opção ideal para o seu pet!!<br />
<br />
- Esse blog tem idéias muito interessantes para pets idosos ou com problemas articulares, que não conseguem mais subir no sofá ou na cama. São escadinhas e rampas muito charmosas, que dão um toque especial à decoração da sua casa e ajudam o seu cão a subir, sem prejudicar as articulações. As escadinhas podem ser usadas também para as pessoas se sentarem!!! <br />
<br />
<a href="http://petescadas.blogspot.com/">http://petescadas.blogspot.com/</a><br />
<br />
- Matéria sobre o dog walker, um profissional mais necessário a cada dia! Para donos de cães que não tem tempo ou não gostam de passear com seu cão. Exercício é fundamental para a saúde física e mental dos cães!<br />
<br />
<a href="http://blogs.jovempan.uol.com.br/petrede/mercado/entenda-o-que-faz-um-dog-walker/?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+petrede+%28Blog+Pet+Rede%29">http://blogs.jovempan.uol.com.br/petrede/mercado/entenda-o-que-faz-um-dog-walker/?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+petrede+%28Blog+Pet+Rede%29</a><br />
<br />
- Site da Pedigree, que apóia uma iniciativa muito importante: a adoção de animais! <br />
<br />
<a href="http://www.adotaretudodebom.com.br/">http://www.adotaretudodebom.com.br/</a><br />
<br />
- Site da Vetcar, que produz cadeirihas e outros acessórios para os cães com deficiência. É muito útil para o tratamento fisioterapêutico desses cães, além de melhorar muito a qualidade de vida, devolvendo à eles um pouco da tão almejada liberdade!!!<br />
<br />
<a href="http://www.vetcar.com.br/">http://www.vetcar.com.br/</a><br />
<br />
- Site com roupas muito luxuosas para o seu melhor amigo!<br />
<br />
<a href="http://www.luxoseluxos.com.br/2009/08/roupas-para-caes.html">http://www.luxoseluxos.com.br/2009/08/roupas-para-caes.html</a><br />
<br />
- Blog com várias informações interessantes e úteis sobre o comportamento animal.<br />
<br />
<a href="http://blog.tudodecao.com.br/">http://blog.tudodecao.com.br/</a><br />
<br />
- Site do Dr. Pet, muuuito legal!! Vale a pena conferir.<br />
<br />
<a href="http://www.caocidadao.com.br/">http://www.caocidadao.com.br/</a><br />
<br />
- Alguns sites de boas rações para cães e gatos:<br />
<br />
<a href="http://www.royalcanin.com.br/">http://www.royalcanin.com.br/</a><br />
<a href="http://www.nestle.com.br/purina/site/index.htm">http://www.nestle.com.br/purina/site/index.htm</a><br />
<a href="http://www.hillspet.com/hillspet/utilities/selectLanguage.hjsp">http://www.hillspet.com/hillspet/utilities/selectLanguage.hjsp</a><br />
<a href="http://www.guabinatural.com.br/">http://www.guabinatural.com.br/</a><br />
Essa é um pouco mais barata, mas é premium, tenho bons resultados com essa ração:<br />
<a href="http://www.totalalimentos.com.br/">http://www.totalalimentos.com.br/</a><br />
<br />
EM BREVE, NOVOS SITES!!!!Lizandra Fernandes Leite - Médica Veterináriahttp://www.blogger.com/profile/05655264088125616958noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7072171746533580113.post-46455726730096888582011-01-22T22:52:00.002-02:002011-01-22T22:56:28.486-02:00Osteoartrite Canina - Veterinary Focus<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;"></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;"> Estive lendo uma revista muito interessante, Veterinary Focus, sobre as doenças articulares em pequenos animais. Vou postar aqui um resumo da matéria de osteoartrite. Para ver a matéria na íntegra, entre em contato pelo e-mail <a href="mailto:li_vet09@hotmail.com">li_vet09@hotmail.com</a>. </span></div><br />
<span style="font-family: Calibri;"> A osteoartrite (OA) é uma doença degenerativa das articulações, de progressão lenta, que consiste na perda da cartilagem articular e exposição do osso subcondral. É caracterizada por dor nas articulações. Surgem novas formações ósseas em resposta à inflamação crônica e as lesões provocadas nos tecidos, com o objetivo de reduzir o movimento ou a dor.</span> <br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A OA é a doença articular mais comum no homem e nos animais, sendo mais frequente<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>no cão do que no gato. No ser humano, a prevalência na mulher é duas vezes maior do que no homem, com aumento da incidência após os 60 anos de idade. No cão, o aparecimento da OA primária depende da raça, com idade média de manifestação dos primeiros sintomas oscilando entre 3,5 anos no Rottweiler a 9,5 anos no Poodle. 22% dos casos dizem respeito a cães com até 1 ano de idade. A incidência de OA é potencializada por traumatismos, obesidade, envelhecimento e anomalias genéticas.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: Calibri;">Fatores de risco da OA canina</span></b></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span></b>- Idade: mais de 50% dos casos de artrite são constatados em cães entre 8 e 13 anos. Nos labradores com mais de 8 anos, a OA é tipicamente observável em diversas articulações (cotovelo, ombro, coxo-femoral, joelho).</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>- Sexo: tem maior prevalência nos machos.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>- Tamanho: os cães grandes e gigantes são mais prevalentes.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>- Obesidade: em cães, a obesidade e a super-alimentação têm sido associadas ao aparecimento de afecções desse tipo, particularmente a displasia coxo-femoral.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>- Trauma osteoarticular: a prática excessiva de exercício, sobretudo na fase de crescimento, constitui também um importante fator predisponente.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>- Predisposição genética: algumas raças, como o labrador e o pastor alemão, tem predisposição para o desenvolvimento da OA e afecções articulares subjacentes. </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: Calibri;">Doença articular primária e secundária</span></b></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>A OA é a doença articular mais frequente em cães, embora geralmente seja observada como um distúrbio secundário a doenças congênitas do crescimento, como a osteocondrite, as deformidades dos membros e alterações de desenvolvimento articular. Entre as causas adquiridas incluem-se os traumatismos, a ruptura do ligamento cruzado, a necrose asséptica, etc.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>O alinhamento incorreto dos membros e os distúrbios da articulação coxofemoral, do cotovelo e do joelho representam as principais causas da OA secundária. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></div>Lizandra Fernandes Leite - Médica Veterináriahttp://www.blogger.com/profile/05655264088125616958noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7072171746533580113.post-17223779592919473482011-01-13T23:03:00.000-02:002011-01-13T23:03:01.730-02:00Necrose asséptica da cabeça femoral - Descrição da doença<div style="text-align: justify;"> A necrose asséptica da cabeça femoral (NACF) <span style="font-size: small;">é uma necrose asséptica não inflamatória da cabeça e colo femorais, mais comum em cães de pequeno porte. Ocorre em animais jovens, antes do fechamento da linha de crescimento do osso. É mais comum em raças como Yorkshire Terrier e Poodle toy. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;">A causa da NACF não foi estabelecida, mas há algumas teorias, como <span style="font-size: small;">interferência hormonal, fatores hereditários, conformação anatômica e pressão intracapsular <span style="font-size: small;">(YOTSUYANAGI et al, 2009).</span></span></span></div><br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLzYQirJhQQFdEtQyIA1EOOnsZ1_enNo6wmdEJgTFmDLrfuFEQK1FPOGMLlkLrfV6uf5S335ue4rv3dFSvUKUksFOc2SUzX-GF49DKx71c5KFz6C2QWL4KQgXbBfaQ-sFK5jxz1WviksU/s1600/DSC04303.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" n4="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLzYQirJhQQFdEtQyIA1EOOnsZ1_enNo6wmdEJgTFmDLrfuFEQK1FPOGMLlkLrfV6uf5S335ue4rv3dFSvUKUksFOc2SUzX-GF49DKx71c5KFz6C2QWL4KQgXbBfaQ-sFK5jxz1WviksU/s320/DSC04303.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div align="justify">Cabeça femoral de uma cadela da raça Yorkshire Terrier, com NACF, logo após a excisão cirúrgica (NETTO, THIAGO RAMOS, 2010)</div></td></tr>
</tbody></table>Sinais clínicos:<br />
<span style="font-size: small;"><div style="text-align: justify;">Os cães acometidos exibem atrofia muscular, encurtamento do membro acometido, dor ao movimento passivo da articulação do quadril e, em alguns casos, crepitação da ACF. Frequentemente há atrofia dos músculos glúteos e quadríceps (músculos da coxa) (PIERMATTEI e FLO, 1999; ETTINGER e FELDMAN, 2004). </div></span><span style="font-size: small;"><span style="font-size: small;"><span style="font-size: small;"><span style="font-size: small;"><div style="text-align: justify;">Também são observados sinais como claudicação (quando o cão manca) e limitação na amplitude de movimento, e os sinais variam em intensidade para cada paciente. Abdução, flexão e rotação interna da articulação coxofemoral diminuem. Geralmente, a claudicação dos animais afetados vai piorando gradualmente (YOTSUYANAGI et al, 2009). </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Diagnóstico:</div><span style="font-size: small;"><div style="text-align: justify;">Além dos sinais clínicos exibidos, o diagnóstico da NACF é confirmado por exame radiográfico da ACF, especialmente em incidência ventrodorsal. Os sinais radiográficos na cabeça femoral só são evidentes depois que a reabsorção vascular do osso necrosado tiver começado (NUNAMAKER, 1985). São observados como áreas mais escuras na cabeça femoral.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Tratamento:</div><span style="font-size: small;"><div style="text-align: justify;">A excisão da cabeça e colo femorais produz resultados mais favoráveis do que o tratamento conservador, que consiste de repouso e analgésicos. Os resultados são melhores, e o tempo de recuperação é menor. Leve claudicação pode permanecer, pois o membro é encurtado pela remoção da cabeça e colo femorais (PIERMATTEI e FLO, 1999). No local, é formada uma pseudo-articulação, que é indolor e funcional.</div><span style="font-size: small;"><div style="text-align: justify;">Muitos animais respondem bem a esta cirurgia, especialmente gatos e cães de pequeno porte, contudo a taxa de sucesso é considerada menor em cães de porte grande, mas alguns respondem bem ao tratamento (FARESE, 2006). </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Fisioterapia:</div><span style="font-size: small;"><div style="text-align: justify;">O paciente deve ser encorajado a usar o membro o máximo possível, isto ajuda na formação da pseudo-articulação e mantém a massa muscular e a amplitude de movimento. Cães com boa musculatura tendem a se recuperar mais facilmente, cães que estão acima do peso tendem a ter um resultado pior (FARESE, 2006). </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">- A crioterapia (tratamento pelo frio) geralmente é utilizada nas primeiras 72-96 horas, com o objetivo de diminuir a inflamação, o edema (líquidos) e consequentemente, a dor do animal no período pós operatório. </div><div style="text-align: justify;">É feita através de massagens com gelo, ou bolsas térmicas. O tempo de aplicação não pode exceder 15 minutos. Pode ser feita de 3 a 4 vezes ao dia.</div><div style="text-align: justify;">O gelo, e todas as outras técnicas, devem ser aplicadas por um médico veterinário ou sob sua orientação, pois há alguns cuidados a serem tomados, para não causar danos ao animal. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">- O calor pode ser aplicado no membro após 72 horas da realização da cirurgia, do contrário pode aumentar a inflamação. </div><span style="font-size: small;"><div style="text-align: justify;">O calor incentiva o relaxamento de todas as estruturas periarticulares, músculos e tendões. Facilita o movimento entre os tecidos, sendo uma técnica adequada para o uso na recuperação, e cria boas condições para realizar técnicas passivas da fisioterapia, podendo ser benéfico se realizado antes ou durante a sessão de reabilitação. A aplicação do calor é indicada especialmente antes de exercícios e manipulações da fisioterapia <span style="font-size: small;">(MILLIS, 2005; BOCKSTAHLER, 2006; GRUBB, 2006; SAWAYA, 2007). </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;">O calor superficial é aplicado com bolsas térmicas ou garrafas pet com água aquecida, já o calor profundo, mais utilizado por ser mais eficaz, é conseguido pelo uso do ultrassom terapêutico no modo contínuo.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;">O ultrassom também pode ser utilizado no modo pulsado, que não aquece os tecidos, sendo indicado <span style="font-size: small;">em lesões agudas, para controle de quadro inflamatório e reparo tecidual, cicatrização de feridas, aumento da massa óssea, consolidação óssea, hematomas, exudatos e edemas (GRECA et al, 1999; BROMILEY, 2000; BARBIERI e MONTE-RASO, 2007; LEVINE et al, 2008). </span></span></div></span></span></span><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">-Exercícios terapêuticos:</div><span style="font-size: small;"><div style="text-align: justify;">Quando os cães desenvolvem NACF e passam pelo procedimento cirúrgico, ou mesmo no período pré-operatório, os exercícios terapêuticos podem ser usados para ajudar a eliminar posições posturais compensatórias (como adução do membro devido ao tensionamento do músculo pectíneo), alongar a articulação coxofemoral e reconstruir a massa muscular, principalmente quadríceps, semitendinoso, semimembranoso e glúteos. Os exercícios podem incluir caminhada com coleira, subir ladeiras, escadas, exercícios de senta e levanta, alongamento dos músculos flexores e extensores do quadril e joelho, massagem, mobilização articular de todo o membro pélvico e terapia aquática (natação ou esteira aquática). Exercícios de levantamento de peso podem ser usados para realçar a propriocepção do membro afetado. Esses exercícios incluem ficar parado em superfícies macias, pranchas de equilíbrio ou bolas terapêuticas. Caminhadas com resistência através de elásticos tipo Thera-band® podem ser usados para fortalecer a musculatura do membro (MARCELLIN-LITTLE, 2004). O alongamento dos membros é fundamental, sendo importante para auxiliar o cão a voltar a apoiar a pata ao caminhar.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">- O laser terapêutico tem propriedades benéficas, mas como os pacientes acometidos por NACF geralmente estão em fase de crescimento, o laser é pouco utilizado, por ser contra-indicado para epífises ósseas de cães em crescimento. </div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;">O laser estimula o metabolismo e a multiplicação celular, portanto apresenta potencial para acelerar o reparo tecidual e a multiplicação celular, sendo também analgésico e antiinflamatório (LEVINE et al, 2008).</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;">- Eletroterapia:</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;">O modo FES é usado quando o músculo está atrofiado ou hipotrofiado, produzindo uma contração muscular e auxiliando o retorno do membro à sua função normal.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;">O modo TENS é usado para analgesia, sendo muito utilizado em cães no período pós operatório de NACF.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><strong>Bibliografia:</strong></span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: small;">BARBIERI, G.; MONTE-RASO, V.V. Tratamento fisioterapêutico pós-operatório do ligamento cruzado cranial em cães. </span><b><span style="font-family: Times New Roman,Times New Roman; font-size: small;"><span style="font-family: Times New Roman,Times New Roman; font-size: small;">Acta Scientiae Veterinariae, </span></span><span style="font-size: small;">35, 662-3, 2007. Disponível em <http://www.ufrgs.br/favet/revista/35-suple-2/anclivepa%20artigo%20diversas.pdf> Acesso em 29/11/2008, 15:50. </span><span style="font-size: small;"></span><span style="font-size: small;"><span style="font-size: small;"><br />
BOCKSTAHLER, B. The orthopaedic patient: conservative treatment, physiotherapy and rehabilitation. In: Clinical Nutrition Symposium, 2006. Montreux.<strong> </strong><br />
<br />
<span style="font-size: small;"><span style="font-size: small;">BROMILEY, M.W. Physical therapy in equine veterinary medicine: useful or useless? In: Annual Convention of the AAEP, 2000. </span><b><span style="font-family: Times New Roman,Times New Roman; font-size: small;"><span style="font-family: Times New Roman,Times New Roman; font-size: small;">Proceedings of the Annual Convention of the AAEP, </span></span><span style="font-size: small;">2000. p. 94-7. Disponível em <http://www.ivis.org/proceedings/AAEP/2000/94.pdf> Acesso em 01/12/2008, 13:00. </span><br />
<span style="font-size: small;">ETTINGER, S.J.; FELDMAN, E.C. <br />
<br />
<span style="font-size: small;">FARESE, J. P. Hip dysplasia: decision making. In: North American Veterinary Conference, 2006. Orlando. <br />
<br />
<span style="font-size: small;">GRECA, F.H.; et al. Efeitos do ultra-som terapêutico nas anastomoses colônicas. Estudo experimental em ratos. </span><b><span style="font-family: Times New Roman,Times New Roman; font-size: small;"><span style="font-family: Times New Roman,Times New Roman; font-size: small;">Acta Cirúrgica Brasileira</span></span><span style="font-size: small;">, 14, 1999. </span><br />
<span style="font-size: small;"><span style="font-size: small;">GRUBB, T. Non-Pharmacologic Pain Relief in Sporting Dogs. In: North American Veterinary Conference, 2006. Orlando. </span><b><span style="font-family: Times New Roman,Times New Roman; font-size: small;"><span style="font-family: Times New Roman,Times New Roman; font-size: small;">Proceedings of the North American Veterinary Conference Volume 20</span></span><span style="font-size: small;">. Florida: North American Veterinary Conference, 2006. p. 1373-4. </span></b></span><span style="font-size: small;"> </span><span style="font-size: small;"><span style="font-size: small;"><div style="text-align: justify;">LEVINE, D., et al. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: small;">MARCELLIN-LITTLE, D.J. Physical rehabilitation of stifle and elbow joints. In: ESVOT Congress, 2004b. Munich. </span><b><span style="font-family: Times New Roman,Times New Roman; font-size: small;"><span style="font-family: Times New Roman,Times New Roman; font-size: small;">Proceedings of the 12th ESVOT Congress. </span></span><span style="font-size: small;">Germany: European society of veterinary orthopaedics and traumatology, 2004. p. 97-9. Disponível em <http://www.ivis.org/proceedings/esvot/2004/SA/marcellin5.pdf> Acesso em 17/02/2009, 23:21. </span><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: small;">MILLIS, D. L. Physical therapy techniques II. In: North American Veterinary Conference, 2005. Orlando. </span><b><span style="font-family: Times New Roman,Times New Roman; font-size: small;"><span style="font-family: Times New Roman,Times New Roman; font-size: small;">Proceeding of the NAVC</span></span><span style="font-size: small;">. Florida: North American Veterinary Conference, 2005. p. 57-9. </span><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: small;">PIERMATTEI, D.L. e FLO G.L. <br />
<br />
<span style="font-size: small;"><span style="font-size: small;">SAWAYA, S. Physical and alternative therapies in the management of arthritic patients. </span><b><span style="font-family: Times New Roman,Times New Roman; font-size: small;"><span style="font-family: Times New Roman,Times New Roman; font-size: small;">Veterinary Focus, </span></span><span style="font-size: small;">17, 37-42, 2007. </span></b></span><span style="font-size: small;"><span style="font-size: small;"><br />
YOTSUYANAGI, S.E.; et al. Legg-Calvé-Perthes disease: a retrospective study. In: 34th WSAVA, 2009. </span><b><span style="font-family: Times New Roman,Times New Roman; font-size: small;"><span style="font-family: Times New Roman,Times New Roman; font-size: small;">Proceedings of the 34th World Small Animal Veterinary Congress, </span></span><span style="font-size: small;">2009. São Paulo: World Small Animal Association, 2009. </span></b></span></span><b><span style="font-family: Times New Roman,Times New Roman; font-size: small;"><span style="font-family: Times New Roman,Times New Roman; font-size: small;">Manual de Ortopedia e Tratamento das Fraturas dos Pequenos Animais. </span></span><span style="font-size: small;">3ed. Barueri: Manole, 1999. </span></b></b></b></span><b><span style="font-family: Times New Roman,Times New Roman; font-size: small;"><span style="font-family: Times New Roman,Times New Roman; font-size: small;">Reabilitação e fisioterapia na prática de pequenos animais. </span></span><span style="font-size: small;">São Paulo: Roca, 2008. </span></b></span><div style="text-align: justify;"><br />
</div></b></span><span style="font-family: Times New Roman,Times New Roman; font-size: small;"><span style="font-family: Times New Roman,Times New Roman; font-size: small;"><strong>Proceedings of the North American Veterinary Conference Volume 20</strong></span></span><span style="font-size: small;"><strong>.</strong> Florida: North American Veterinary, 2006. p. 890-2.<strong> </strong></span></span><span style="font-family: Times New Roman,Times New Roman; font-size: small;"><span style="font-family: Times New Roman,Times New Roman; font-size: small;"><strong>Tratado de medicina interna veterinária: doenças do cão e do gato.</strong> </span></span><span style="font-size: small;">5ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.<strong> </strong></span></b></span> </span><span style="font-family: Times New Roman,Times New Roman; font-size: small;"><span style="font-family: Times New Roman,Times New Roman; font-size: small;"><strong>Iams Clinical Nutrition Symposium</strong></span></span><span style="font-size: small;"><strong>.</strong> Switzerland: Clinical Nutrition Symposium, 2006. p. 25-30. </span></span></b></span></span><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div></span></span></span></span></span><div align="justify"><br />
</div>Lizandra Fernandes Leite - Médica Veterináriahttp://www.blogger.com/profile/05655264088125616958noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7072171746533580113.post-30578441377613958872010-09-27T11:54:00.002-03:002010-09-27T11:55:48.370-03:00Hérnia de disco (doença de disco intervertebral)A coluna vertebral dos animais é composta por vértebras cervicais, torácicas, lombares, sacrais e caudais (coccígeas), conforme podemos observar nessa figura: <br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgw8DzWkFr7mONBt4hrHaavSl720KxCGgLwnIoxDUQcszO5xm0qsIeTu54Ips4OHvE8eqHEwkaSU1n7pXXVVc-xqzG5KhoXx7kNGFNYzkBcC-8KUtiFnduRrktMNqWXKOMoDD3g_vrHTIw/s1600/esqueleto+escrito.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="231" ox="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgw8DzWkFr7mONBt4hrHaavSl720KxCGgLwnIoxDUQcszO5xm0qsIeTu54Ips4OHvE8eqHEwkaSU1n7pXXVVc-xqzG5KhoXx7kNGFNYzkBcC-8KUtiFnduRrktMNqWXKOMoDD3g_vrHTIw/s400/esqueleto+escrito.jpg" width="400" /></a></div><br />
As vértebras permanecem unidas umas às outras por meio dos discos intervertebrais e dos ligamentos. Cada um dos discos intervertebrais é composto de um núcleo pulposo e envolvido por um anel de fibras cartilaginosas. As figuras abaixo permitem uma melhor visualização das estruturas: <br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQWlFzjf5jDCYWT2653Yf6mmNBB21yS80MmtthSzrptTFNGFFvldoaZRMAmYbYwjfSUuty30orQ4oqGXHrlXgL9DKg_tm8dCueMXuso3KxSLaLN-U1Y8YdiGNrQE73LiqUHMNykvDEuLI/s1600/vertebra.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" ox="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQWlFzjf5jDCYWT2653Yf6mmNBB21yS80MmtthSzrptTFNGFFvldoaZRMAmYbYwjfSUuty30orQ4oqGXHrlXgL9DKg_tm8dCueMXuso3KxSLaLN-U1Y8YdiGNrQE73LiqUHMNykvDEuLI/s400/vertebra.jpg" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Há dois principais tipos de hérnia de disco em cães: </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">- Tipo I: quando há uma degeneração e ruptura do anel fibroso dorsal, fazendo com que o núcleo pulposo saia e vá até a medula, comprimindo-a. É mais comum em raças condrodistróficas como o teckel, mas também pode ocorrer em qualquer outra raça. Veja a figura abaixo:</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_nAzX_qRzJlSJk2KksocqMcJi0qeEzjZmHI7VKysnIJfXthUFQR5qVEUWQPEejK8XfT8AOYX1raiQMSnRPcA9C8rUnrUqTq4GsTNgHDI07T9E8jHyPM_8_HkpgmxCP3Df6Ziui22FWdc/s1600/hernia%5B1%5D.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" qx="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_nAzX_qRzJlSJk2KksocqMcJi0qeEzjZmHI7VKysnIJfXthUFQR5qVEUWQPEejK8XfT8AOYX1raiQMSnRPcA9C8rUnrUqTq4GsTNgHDI07T9E8jHyPM_8_HkpgmxCP3Df6Ziui22FWdc/s320/hernia%5B1%5D.jpg" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">- Tipo II: nesse tipo de herniação, não há a ruptura do anel fibroso, apenas um abaulamento do disco intervertebral. Na figura abaixo, o tipo II é ilustrado na figura "protusa". O tipo I é a "extrusa":</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirDEPSgqG9f-nWEkUyJ6p7gPQftALTJBQODaQ_8qyqnOZA1u1jGPRDAtYy1Erqzt9u7MvhnUafwwxVeS6KPnDea2Yv67azCW6CSQ2xCBdEAWiNfa9LMf8LLqdNxAAEPdPE_PZb9HS83PE/s1600/disc_tips2.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" qx="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirDEPSgqG9f-nWEkUyJ6p7gPQftALTJBQODaQ_8qyqnOZA1u1jGPRDAtYy1Erqzt9u7MvhnUafwwxVeS6KPnDea2Yv67azCW6CSQ2xCBdEAWiNfa9LMf8LLqdNxAAEPdPE_PZb9HS83PE/s320/disc_tips2.gif" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Os gatos também podem apresentar hérnia de disco, porém com menor frequência do que os cães. A compressão da medula geralmente é causada por fatores traumáticos (atropelamentos, quedas, saltos) e influenciada por fatores genéticos (como a coluna alongada dos cães da raça teckel).</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><strong>Sinais clínicos:</strong></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">A extrusão do tipo I geralmente ocasiona sinais clínicos mais graves do que a protusão do tipo II. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">- Tipo I: dor aparente e/ou déficits sensoriais. Os sinais geralmente ocorrem logo após a extrusão, podendo também progredir lentamente. A severidade dos sinais depende da quantidade de material de disco que foi para o canal medular. Há, além da dor, diminuição da propriocepção (percepção do corpo ao ambiente que o cerca), tetraparesia/tetraplegia; ou paraparesia/paraplegia, dependendo do local da lesão. Pode haver claudicação (mancar), alterações nos reflexos e na percepção de dor nos membros. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">- Tipo II: os sinais geralmente progridem lentamente por meses, podendo também ser agudo em alguns animais. O sinal clínico mais comum é a tetraparesia ou a paraparesia, dependendo do local da lesão. Os déficits podem ser assimétricos. Os animais geralmente sentem dor no local da hérnia. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><strong>Diagnóstico:</strong></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">O diagnóstico é feito com base no exame físico, exame neurológico (determina se o sistema nervoso está afetado, avalia a severidade da doença, localiza a lesão dentro do sistema nervoso), radiografias da coluna, análise do líquido cerebroespinhal e mielografia, que são exames úteis para fechar o diagnóstico.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><strong>Tratamento:</strong></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">O tratamento clínico consiste de repouso e antiinflamatórios (corticóides). O repouso é muito importante pois facilita a resolução da inflamação e a estabilização do disco rompido. É importante confinar o animal em um espaço pequeno, pois com a administração dos medicamentos, a dor vai diminuir e o animal vai querer andar, correr, etc, o que não é indicado. Sempre monitorar o animal em repouso, fazendo sua higiene e virando-o de lado a cada 2 horas, para evitar feridas de decúbito. Dependendo do tipo de lesão, o ideal é tentar o tratamento conservativo por aproximadamente 3 dias, não havendo resposta, o animal deve ser encaminhado para cirurgia. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">O tratamento cirúrgico consiste em várias técnicas de descompressão da medula, como a fenestração de disco, hemilaminectomia e laminectomia dorsal. O cirurgião irá escolher a técnica adequada a cada paciente em particular. É muito importante fazer a cirurgia o quanto antes, pois irá aumentar as chances de recuperação dos movimentos do paciente.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><strong>Reabilitação:</strong></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">A fisioterapia é indispensável na recuperação dos pacientes, pois aumenta muito as chances do animal voltar a andar. A acupuntura também é um ótimo tratamento, devendo ser associada à fisioterapia.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><strong>- Pós cirúrgico</strong></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Inicialmente, a fisioterapia é focada no controle da dor na coluna, através do uso de TENS, laser e massagem. Conforme a dor vai diminuindo, são intensificados os exercícios proprioceptivos, que são aqueles que estimulam o corpo do animal de várias maneiras, fazendo com que o sistema nervoso "reaprenda" a fazer os movimentos. Exemplos desses exercícios são: escovações (coluna e nos coxins plantares), movimentos passivos, como a pedalagem, choque térmico nos coxins plantares, entre outros. Quando o cão já consegue trocar alguns passos, são feitos novos exercícios, como pista proprioceptiva (pista com vários tipos de piso, como areia, água, pedrinhas, borracha, entre outros), pista de obstáculos, caminhadas guiadas, prancha de equilíbrio e disco proprioceptivo. Esses exercícios estimulam muito o corpo do animal, o que é muito importante para que ele possa retornar às suas funções normais. A eletroterapia no modo FES (eletroestimulação funcional) também apresenta ótimos resultados, pois proporciona contração muscular, sendo um grande estímulo aos músculos que não estão conseguindo se contrair sozinhos.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><strong>- Conservativo</strong></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">A fisioterapia no tratamento conservativo (sem cirurgia) consiste basicamente dos mesmos exercícios e aparelhos, sempre focada em analgesia e diversos estímulos de propriocepção. Lembrando que quando o conservativo não apresentar resultados, o animal deve ser encaminhado para cirurgia o mais rápido possível. Quando é feita a opção por não operar, a fisioterapia deve continuar a longo prazo, para manter o animal em condições confortáveis. Outra boa opção é o uso de cadeirinhas, que melhoram o ânimo do paciente, deixando-o mais independente, além de auxiliar no protocolo de reabilitação. A acupuntura também deve ser associada quando possível.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Em qualquer tratamento escolhido, o mais importante é nunca deixar o cão sem estímulos e alongamentos. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Dúvidas e informações: <a href="mailto:li_vet09@hotmail.com">li_vet09@hotmail.com</a></div>Lizandra Fernandes Leite - Médica Veterináriahttp://www.blogger.com/profile/05655264088125616958noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-7072171746533580113.post-42514470379154258802010-09-09T20:40:00.000-03:002010-09-09T20:40:32.826-03:00Ruptura de ligamento cruzado cranial - Descrição da doença.O ligamento cruzado cranial (LCC) está localizado dentro do joelho e é a principal estrutura de contenção contra a hiperextensão do joelho, limitando também movimentos de rotação do joelho.<br />
É uma lesão ortopédica muito comum nos cães, sendo associada a degeneração da articulação. É mais frequente em cães de grande porte, como Pit Bull, Rottweiler, Staffordshire Terrier, entre outros. <br />
Normalmente, a ruptura de ligamento cruzado cranial (RLCC) é traumática, acometendo com mais frequência cães jovens e ativos, portanto, aguda (após um movimento brusco, como um impulso para correr atrás de uma bolinha por exemplo, o cão grita de dor e começa a claudicar – mancar - imediatamente); podendo também ser crônica (através de processos degenerativos na articulação, acometendo cães mais velhos, e piorando conforme passa o tempo).<br />
Com a falta de uso do membro, os músculos começam a sofrer hipotrofias, o que diminui a estabilidade articular. Cães mais pesados tendem a ter uma progressão mais rápida da doença, devido ao maior impacto no joelho.<br />
Quando o ligamento se rompe, há uma inflamação no local, dor, o cão claudica (manca), pode haver hipotrofia ou atrofia muscular, o cão tende a sobrecarregar os membros torácicos, e com o passar do tempo, se não tratada, a RLCC acarreta em uma doença articular degenerativa. Também pode haver lesão no menisco (estrutura que fica dentro do joelho e diminui os impactos, além de melhorar o encaixe do fêmur com a tíbia). Os meniscos são, portanto, estruturas muito importantes, que têm poucos vasos sanguíneos. Por isso, se forem lesados, a recuperação espontânea dos mesmos é muito difícil.<br />
Um teste diagnóstico muito feito pelos veterinários é o chamado movimento de gaveta, onde o veterinário checa se há instabilidade articular. <br />
Quando confirmado o diagnóstico, o tratamento de escolha é o cirúrgico. Quando a opção é pelo tratamento conservador, este consiste de analgésicos, antiinflamatórios, confinamento por algumas semanas e fisioterapia, que reforça os tecidos ao redor do joelho e evita a atrofia muscular, além de tirar a dor, relaxar, alongar, e não deixar os músculos ficarem tensos e contraturados. <br />
O tratamento cirúrgico é sempre preferido, pois trata diretamente a causa do problema, minimizando a degeneração articular, trazendo o melhor resultado para o paciente. A fisioterapia no pós operatório é importante, pois trabalha, inicialmente, tirando a dor e relaxando. Posteriormente, são adicionados às sessões os exercícios ativos, sendo feito um trabalho completo de reabilitação do membro, para que este possa voltar à sua função normal.Lizandra Fernandes Leite - Médica Veterináriahttp://www.blogger.com/profile/05655264088125616958noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-7072171746533580113.post-91116648540587456122010-09-08T00:11:00.000-03:002010-09-08T00:11:30.046-03:00Luxação de patela - descrição da doençaA luxação de patela é uma doença muito comum nos cães, principalmente nos de pequeno porte. Porém, também pode ocorrer nos cães grandes.<br />
Pode ser medial (quando a patela se desloca para o lado de dentro do membro pélvico) ou lateral (quando a patela se desloca para o lado de fora do membro pélvico).<br />
<br />
Há quatro graus de luxação de patela:<br />
- Grau 1: quando o examinador (veterinário) consegue luxar a patela durante o exame clínico por exemplo, mas no dia a dia ela não sai do lugar sozinha.<br />
- Grau 2: quando a patela luxa esporadicamente, o cão sacode a pata e a patela retorna ao lugar certo.<br />
- Grau 3: quando a patela passa mais tempo luxada do que no local correto.<br />
- Grau 4: quando a patela permanece o tempo todo luxada, e não conseguimos trazer ela de volta para o lugar.<br />
<br />
<strong>Luxação medial de patela</strong><br />
É mais comum em cães de raças pequenas, como Yorkshire Terrier, Poodle e Maltês. Na maioria das vezes essa é uma doença congênita; ao nascimento a luxação pode não estar presente, mas o filhote já tem as alterações anatômicas que a causam. <br />
Os sinais clínicos incluem claudicação crônica; andar saltitante (que pode ser transitório); quando o cão está parado, pode manter os dedos voltados para dentro; alguns animais apresentam os membros pélvicos em arco (geno varo); andar semelhante a um coelho. <br />
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<strong>Luxação lateral de patela</strong><br />
É mais comum nos cães de grande porte, como Pastor Alemão, Border Collie e Boxer. Pode ser congênita ou traumática. Os membros pélvicos podem estar em forma de X (geno valgo). O animal agachado pode manter os dedos voltados para fora, ao contrário da luxação medial de patela.<br />
<br />
O diagnóstico é feito com base no exame físico do animal e na radiografia da articulação. Lembrando que se a luxação for de grau mais leve, durante o exame radiográfico a patela pode estar na posição correta.<br />
O tratamento indicado é o cirúrgico para luxações de grau 3 ou 4, já se for uma luxação mais leve, de graus 1 ou 2, o tratamento deve ser conservador.<br />
É importante tratar o animal o quanto antes, para evitar ou melhorar a degeneração articular e desacelerar a progressão da doença, pois uma luxação de grau 2 pode evoluir rapidamente para uma de grau 3 ou 4. Se a indicação for cirúrgica, esta deve ser feita o quanto antes.<br />
Para o tratamento cirúrgico, existem várias técnicas que serão avaliadas pelo ortopedista do seu cão, para atender as necessidades do seu animal em particular.<br />
O tratamento conservador consiste de protetores articulares, antiinflamatórios não esteroidais e fisioterapia. A fisioterapia ajuda a diminuir a velocidade de progressão da luxação, adiando ou até mesmo evitando o procedimento cirúrgico. Lembrando que graus mais avançados, o indicado é realizar a cirurgia e encaminhar o paciente para fisioterapia pós-operatória. Muitas pessoas preferem fazer algumas sessões de fisioterapia pré-operatória, o que é o melhor procedimento, para preparar o animal para a cirurgia e ajudar com que a recuperação dele seja mais rápida.<br />
A fisioterapia pode ser iniciada logo nas primeiras horas do pós-operatório, e continuada até o animal ter recuperado a marcha normal, ou o mais próximo do normal possível, livre de dor.<br />
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Dúvidas e informações: <a href="mailto:li_vet09@hotmail.com">li_vet09@hotmail.com</a><br />
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Lizandra Fernandes Leite - Médica Veterináriahttp://www.blogger.com/profile/05655264088125616958noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-7072171746533580113.post-58567188807210498692010-09-03T11:31:00.001-03:002010-09-03T11:32:35.682-03:00Paciente - Bia, displasia coxofemoral.<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">Veja vídeo no final!!<br />
Bia, espécie canina, Cocker Spaniel, fêmea, 8 anos de idade.<br />
Histórico: animal reclamava de dor constantemente e parou de andar. Foi feito exame de raio-x e constatado displasia coxofemoral bilateral severa. Foi feita cirurgia de artroplastia excisional de cabeça e colo femorais (colocefalectomia), que consiste na retirada da cabeça e do colo femoral no membro pélvico esquerdo, que tinha o grau mais avançado de displasia. No pós operatório, parou de andar, não se levantava nem para comer. Tinha muita dor.<br />
Animal foi, então, encaminhado para fisioterapia.<br />
Avaliação e primeira sessão: estava tomando cloridrato de tramadol (analgésico) 3 vezes ao dia, não se levantava, demonstrava muita dor, havia hipotrofia muscular nos membros pélvicos e limitação na extensão da articulação coxofemoral. Ela tinha fraqueza muscular e músculo pectíneo estava muito tenso. Nesse mesmo dia foi feita a primeira sessão com laser terapêutico nas duas articulações coxofemorais, no joelho esquerdo e nos dois pectíneos(4J/cm2), massagem e alongamento nos membros pélvicos, mobilização articular passiva e caminhada com o suporte de uma toalha. Para casa passei exercícios como escovação, caminhadas apoiadas e mobilização articular passiva.<br />
Na segunda sessão a Bia já apresentava uma boa evolução, pois tinha voltado a andar sozinha. Reclamou menos de dor. Foi feito laser, alongamento, massagem e mobilização articular passiva novamente. Na caminhada apoiada ela andou mais e melhor. Mas ainda caminhava pouco sozinha, tinha dor, limitação na amplitude de movimento e "andar de coelho".<br />
Na terceira sessão, conseguimos parar com o analgésico, ela teve uma melhora considerável, conseguindo subir alguns degraus da casa sozinha. Foram repetidos o laser e os exercícios das sessões anteriores, e acrescentado a bola fisioterapêutica (mesma do pilates em humanos) e a prancha de equilíbrio para fortalecer a musculatura.<br />
Com o decorrer das sessões, a proprietária relatou melhora em casa. Começou alternar melhor os passos, diminuindo o "andar de coelho". O laser foi passado para dose de 3J/cm2 com o decorrer das sessões, pois a dor já havia diminuído bastante, e a dose de 3J/cm2 também tem efeito antiinflamatório, regenerativo e circulatório.<br />
Na décima sessão, que foi a última feita, ela estava alternando bem melhor os passos ao caminhar, não reclamava mais de dor na hora da manipulação, estava andando bastante pelo quintal, teve melhora na extensão da articulação coxofemoral, ganhou massa e tônus muscular; podendo retornar às suas atividades diárias!<br />
Importante lembrar que o lado direito não passou pela cirurgia, portanto provavelmente a paciente terá que passar por um novo tratamento quando retornarem os sinais clínicos.</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><object height="344" style="background-image: url(http://i1.ytimg.com/vi/8DTxxDQ8HcI/hqdefault.jpg); clear: left; float: left;" width="425"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/8DTxxDQ8HcI?fs=1&hl=pt_BR"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/8DTxxDQ8HcI?fs=1&hl=pt_BR" width="425" height="344" allowscriptaccess="never" allowfullscreen="true" wmode="transparent" type="application/x-shockwave-flash"></embed></object> </div>Lizandra Fernandes Leite - Médica Veterináriahttp://www.blogger.com/profile/05655264088125616958noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7072171746533580113.post-76498919471643150902010-09-02T17:23:00.001-03:002010-09-04T18:41:34.720-03:00Ultrassom terapêuticoO ultrassom terapêutico vem sendo cada vez mais utilizado no tratamento de animais. Ele pode ser utilizado de duas maneiras, uma que gera aquecimento no local, e outra que não tem efeitos térmicos.<br />
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<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-7uw5AOwD1upkC6yE2Z7ek_ZBxjjmZZvcf5_tc8kjIn9W5VXxyiJLbM8PT293DUH8l3Hd11WbRKsnyHnXbZaecEN918litOhSRKTbgVMslu9tEXkbvx04KTbA3Llj6jSwpiLW2Wca7zk/s1600/UST+(2).JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" ox="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-7uw5AOwD1upkC6yE2Z7ek_ZBxjjmZZvcf5_tc8kjIn9W5VXxyiJLbM8PT293DUH8l3Hd11WbRKsnyHnXbZaecEN918litOhSRKTbgVMslu9tEXkbvx04KTbA3Llj6jSwpiLW2Wca7zk/s320/UST+(2).JPG" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Utilização do ultrassom terapêutico no membro torácico esquerdo<br />
</td></tr>
</tbody></table>O modo contínuo, é aquele usado quando se deseja aquecer o local, proporcionando relaxamento, aumento do fluxo sanguíneo no local, diminuição da dor, facilita a aplicação de técnicas manuais de fisioterapia, como o alongamento. A frequência de 1Mhz é a utilizada na fisioterapia, pois aquece uma profundidade de até 5 cm. Essa modalidade do ultrassom é indicada, portanto, sempre que se deseja aquecer o local, por exemplo em pós operatórios tardios (não logo no começo, pois como aquece, pode aumentar a inflamação do pós operatório imediato), em casos de contraturas musculares, dor e antes de certas técnicas de fisioterapia. Não deve ser utilizado quando o animal tem alguma placa, pinos ou outro material metálico (pois aqueceria demais o local, podendo provocar lesões).<br />
O modo pulsado, é o modo que não causa aquecimento do tecido. Essa modalidade de ultrassom terapêutico causa vários efeitos no local, como alterações na permeabilidade da membrana das células aos íons de cálcio (bom para ajudar na proliferação óssea, em casos de fraturas por exemplo), estimula a deposição de colágeno, acelera o tempo de cicatrização de feridas, diminui o edema (líquido) pós operatório, diminui a inflamação local, diminui hematomas, entre outros.<br />
As contra indicações em geral são: evitar exposição direta a marca-passos cardíacos, seios carotídeos, olhos, gânglios cervicais, ouvidos, coração, regiões lombar e abdominal de animais gestantes, medula espinhal, feridas contaminadas, áreas próximas de neoplasias malignas e testículos, e evitar exposição de fises ósseas em animais imaturos (local de crescimento do osso) e locais próximos à suturas com fios e grampos de natureza metálica, devido ao risco de superaquecimento e abertura dos pontos, interferindo na cicatrização (GRECA et al, 1999; LEVINE et al, 2008).<br />
<br />
Referências: <br />
<br />
GRECA, F.H.; et al. Efeitos do ultra-som terapêutico nas anastomoses colônicas. Estudo experimental em ratos. <strong>Acta Cirúrgica Brasileira</strong>, 14, 1999.<br />
<br />
LEVINE, D., et al. <strong>Reabilitação e fisioterapia na prática de pequenos animais</strong>. São Paulo: Roca, 2008.Lizandra Fernandes Leite - Médica Veterináriahttp://www.blogger.com/profile/05655264088125616958noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7072171746533580113.post-40048801195129975842010-09-01T13:50:00.000-03:002010-09-01T13:50:55.503-03:00EletroterapiaA eletroterapia é utilizada para tratar várias doenças ortopédicas e neurológicas, especialmente quando o animal tem dor e/ou atrofia ou hipotrofia muscular. <br />
Há dois principais tipos de corrente utilizadas:<br />
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXaAsKcLZuAy_GXrhwN-WIbLlWtQKIIE3ypdkTATDrBRQEh1qRdG-WxIx4EodeIQWxFvCKJiiyZUU8VXHOdFGI2ICRqo3dbJwCv-jrRhbtdsh_46JxlMOa0CKGuDni5rUAMNP6IP0EOeU/s1600/IMG_5681.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; cssfloat: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" ox="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXaAsKcLZuAy_GXrhwN-WIbLlWtQKIIE3ypdkTATDrBRQEh1qRdG-WxIx4EodeIQWxFvCKJiiyZUU8VXHOdFGI2ICRqo3dbJwCv-jrRhbtdsh_46JxlMOa0CKGuDni5rUAMNP6IP0EOeU/s320/IMG_5681.JPG" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Aplicação de TENS na articulação coxofemoral.</td></tr>
</tbody></table><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">- TENS: corrente analgésica, pode ser utilizada quando o paciente tem dores musculares, em pós-operatórios, pré-operatórios, entre outras.</div><br />
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-ENMES: corrente que estimula a contração de um músculo que não está conseguindo se contrair sozinho. É muito útil quando há atrofia ou hipotrofia muscular, principalmente indicada em quadros neutológicos quando o paciente não consegue andar (paraparesias ou tetraparesias), ou quando o cão ou gato não apóiam o(s) membro(s) por algum outro motivo.<br />
A eletroterapia também pode ser utilizada através da iontoforese, que é a aplicação de alguns medicamentos através de corrente elétrica. O medicamento é colocado abaixo dos eletrodos, e quando o aparelho é ligado, a carga elétrica "empurra" o medicamento através da pele.<br />
Contra indicações - Evitar exposição direta a marca-passos cardíacos, gânglios cervicais, olhos, ouvidos, coração, regiões lombar e abdominal de animais gestantes, áreas próximas a neoplasias, pacientes epiléticos e sobre áreas com trombose ou tromboflebite.<br />
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Dúvidas ou informações: <a href="mailto:li_vet09@hotmail.com">li_vet09@hotmail.com</a>Lizandra Fernandes Leite - Médica Veterináriahttp://www.blogger.com/profile/05655264088125616958noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7072171746533580113.post-1950785009432080922010-08-31T23:09:00.000-03:002010-08-31T23:09:51.898-03:00Laser terapêutico<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/_-KClLdrVLeM/TH210CrdYoI/AAAAAAAAAC8/pb8Ha0kvjCk/s1600/laser.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" ox="true" src="http://1.bp.blogspot.com/_-KClLdrVLeM/TH210CrdYoI/AAAAAAAAAC8/pb8Ha0kvjCk/s320/laser.jpg" /></a></div><br />
O laser terapêutico é muito utilizado na fisioterapia animal. A terapia a laser de baixa intensidade tem sido utilizada na prática clínica há aproximadamente 20 anos, sendo que os trabalhos iniciais foram realizados na Europa no início da década de 1970 (FUKUDA e MALFATTI, 2008). O laser terapêutico tem baixa potência e não produz efeitos térmicos sobre os tecidos.<br />
Há vários tipos de laser terapêutico. Os lasers de arseneto de gálio e o de gálio-alumínico arsênico são utilizados para tratar locais mais profundos, como a articulação coxofemoral ou o joelho, por exemplo. Já o laser de hélio-neon é utilizado para o tratamento de feridas de pele.<br />
O laser estimula as células, podendo ajudar no reparo tecidual (cicatrização de feridas, fraturas, etc). Tem efeito analgésico, antiinflamatório, circulatório e regenerativo, sendo indicado para inúmeras doenças, pós-operatório, feridas de decúbito não infeccionadas, inflamações, traumas, ajuda na consolidação de fraturas, entre outros (LEVINE et al, 2008; RISO, 2008).<br />
Essa modalidade da fisioterapia pode ser utilizada em inúmeros locais do corpo, como articulações, músculos, tendões e pele. É contra-indicada para filhotes (no local de crescimento do osso), perto dos olhos, coração, fêmeas gestantes e tumores (LEVINE et al, 2008).<br />
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Referências:<br />
FUKUDA, T.Y.; MALFATTI, C.A. Análise da dose do laser de baixa potência em equipamentos nacionais. <strong>Revista Brasileira de Fisioterapia,</strong> 12, 70-4, 2008.<br />
LEVINE, D., et al. <strong>Reabilitação e fisioterapia na prática de pequenos animais.</strong> São Paulo: Roca, 2008.<br />
RISO, N.D.M. <strong>Influência do laser terapêutico no reparo de defeito ósseo de ratos submetidos à ausência de carga:</strong> dissertação. Araçatuba, 2008.Lizandra Fernandes Leite - Médica Veterináriahttp://www.blogger.com/profile/05655264088125616958noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7072171746533580113.post-77059230100056844652010-08-26T17:08:00.000-03:002010-08-26T17:31:17.924-03:00Displasia Coxofemoral - Descrição da doença.O primeiro assunto que escolhi para abordar é a displasia coxofemoral (DCF), pois foi o tema do meu TCC e também o primeiro paciente que atendi. <br />
A DCF é uma doença muito comum entre os cães. Afeta com maior frequência os cães de grande porte e que tem crescimento rápido, por exemplo Dogue Alemão, Rottweiler, São Bernardo, Pastor Alemão, entre outros; podendo também acometer cães menores.<br />
É causada principalmente por fatores genéticos, também recebendo influência de fatores ambientais (por exemplo, piso escorregadio) e de manejo (excesso de alimentação e/ou de exercícios por exemplo). <br />
A DCF tem por característica a instabilidade da articulação coxofemoral, que com o tempo, desgasta os componentes articulares, levando a uma doença articular degenerativa.<br />
Os sinais clínicos incluem: redução da atividade; claudicação (eles mancam) de um ou dos dois membros posteriores; dificuldade para se levantar, correr, pular e subir escadas; quando correm, os cães tendem a demonstrar um andar de "coelho" nos membros pélvicos (traseiros); demonstrações de dor no local e atrofia ou hipotrofia muscular.<br />
O diagnóstico se baseia nos achados clínicos, no histórico do animal e de seus pais, e no exame radiográfico (diagnóstico definitivo). A "Orthopedic Foundation for Animals" formou um registro de DCF e estabeleceu sete notas de variação do grau de displasia. O cão deve ter mais de dois anos para se aplicar a essas graduações (PIERMATTEI e FLO, 1999). Para mais informações acesse: <a href="http://www.offa.org/hipgrade.html">http://www.offa.org/hipgrade.html</a> (em inglês). O ângulo de Norberg é uma medida feita pelos veterinários para atestar se há deslocamento da cabeça femoral em relação ao acetábulo. Um ângulo inferior a 105º indica DCF (Figura 1).<br />
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<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6VcA3miHIaNBK6DWu4iX4YNpBdLxx4ojAyAtz0wO-sZCGfUc6oXNR7rCUSzdQD4N52j0GjRXnsu-uCdq6hSo0EpnKTfXM482ZB18pK70a43udA1s6u4kMhKGHds6OWSp-Ey2dQ_OyeNA/s1600/Norberg.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" ox="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6VcA3miHIaNBK6DWu4iX4YNpBdLxx4ojAyAtz0wO-sZCGfUc6oXNR7rCUSzdQD4N52j0GjRXnsu-uCdq6hSo0EpnKTfXM482ZB18pK70a43udA1s6u4kMhKGHds6OWSp-Ey2dQ_OyeNA/s320/Norberg.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Figura 1. Radiografia pélvica de cadela da raça Pastor Alemão, com 12 meses de idade e articulações coxofemorais normais. Os ângulos de Norberg são 106º e 105º (VIEIRA, 2007).</td></tr>
</tbody></table><br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeVJsqNEU-pKTTjlxMIh2cQJzO5FUNW1INgPQrRR9GwdCFPdTMbq6z7PJ6IzkCrrlrb5uTGlTUWeuh6CIwrai4BmGyM-9o3qx63pxFUTeuNYyAyzFN0CC36y4BKPiQZ3Ioejsi_G42F8A/s1600/DCF.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" ox="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeVJsqNEU-pKTTjlxMIh2cQJzO5FUNW1INgPQrRR9GwdCFPdTMbq6z7PJ6IzkCrrlrb5uTGlTUWeuh6CIwrai4BmGyM-9o3qx63pxFUTeuNYyAyzFN0CC36y4BKPiQZ3Ioejsi_G42F8A/s320/DCF.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Figura 2. Radiografia das articulações coxofemorais em posicionamento convencional. Observa-se acentuado grau de DCF e sub-luxação (ARIAS et al, 2004). </td></tr>
</tbody></table>O melhor tratamento para a DCF é o preventivo. A incidência pode ser reduzida através da seleção, para a reprodução, de cães livres da doença (com laudo emitido por um médico veterinário qualificado). Ao comprar seu filhote, é importante pesquisar o histórico dos pais. Outra dica é sempre manter seu cão em um espaço com piso rústico (cimento), principalmente se ele for de raça de grande porte, pois os pisos lisos aumentam escorregões, o que aumenta a instabilidade da articulação. Exercícios físicos são importantes para fortalecer a musculatura, que ajuda a estabilizar a articulação. Sempre faça caminhadas com seu cão, porém nunca forçando-o demais, principalmente se for filhote. Peça orientação ao seu veterinário!<br />
Se o cão já desenvolveu a DCF, o tratamento de escolha é o cirúrgico. Há diversas técnicas cirúrgicas para o tratamento da DCF, e o ortopedista irá orientá-lo sobre qual é a melhor técnica para o seu cão em particular.<br />
Também pode ser feito o tratamento conservador, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida do animal, mas não irá curar a doença e deverá ser feito por toda a vida do animal, pois uma vez interrompido o tratamento, os sinais clínicos tendem a piorar. Consiste de fisioterapia, analgésicos, antiinflamatórios e protetores articulares (sulfato de condroitina e glucosamina).<br />
O papel da fisioterapia na DCF é muito importante. No pós operatório, controla a dor, alonga e fortalece a musculatura, auxilia o retorno do membro à sua função normal, minimizando ou evitando contraturas, atrofias ou hipotrofias musculares. Consiste de técnicas manuais (massagem, alongamento, mobilização articular passiva), exercícios ativos (caminhadas guiadas, obstáculos, dança, senta e levanta, bola fisioterapêutica, prancha de equilíbrio), laserterapia (efeito antiinflamatório, analgésico, circulatório e também aumenta o metabolismo do local), eletroterapia (TENS - controla a dor; NMES - para fortalecimento da musculatura, se houver atrofia muscular), ultrassom terapêutico (prepara os músculos para o alongamento, reduz edemas).<br />
Para o tratamento conservador, a fisioterapia é indispensável, pois reduz a necessidade de medicamentos com o passar do tempo, o que é muito importante. Melhora a qualidade de vida do animal, pois diminui a dor, alonga, relaxa, melhora a saúde articular e proporciona estímulos diversos que ajudam o cão a não perder a função do membro. Lembrando que nesses casos a fisioterapia deve ser feita por toda a vida do animal, pois não cura a doença, apenas melhora os sinais clínicos.<br />
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Informações ou dúvidas: <a href="mailto:li_vet09@hotmail.com">li_vet09@hotmail.com</a><br />
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Referências: <br />
ARIAS, S.A., et al. Prótese coxofemoral em cães: relato de dois casos. <strong>Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia</strong>, 56, 618-22, 2004.<br />
PIERMATTEI, D.L. e FLO G.L. <strong>Manual de Ortopedia e Tratamento das Fraturas dos Pequenos Animais. </strong>3ed. Barueri: Manole, 1999.<br />
VIEIRA, G.L.T. <strong>Associação entre o ângulo de Norberg, o percentual de cobertura da cabeça femoral, o índice cortical e o ângulo de inclinação na displasia coxofemoral canina: </strong>dissertação. Belo Horizonte: 2007.Lizandra Fernandes Leite - Médica Veterináriahttp://www.blogger.com/profile/05655264088125616958noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7072171746533580113.post-49840968590800578742010-08-26T11:11:00.001-03:002010-08-30T11:51:18.025-03:00ApresentaçãoOlá, meu nome é Lizandra Fernandes Leite, e nessa primeira postagem irei apresentar a mim e meu trabalho.<br />
Sou formada em Medicina Veterinária pela Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP - CLM) em Bandeirantes - PR. Também formada pelo II Curso de Especialização em Fisioterapia e Reabilitação Animal, pelo Instituto Bioethicus em Botucatu - SP.<br />
Conheci a fisioterapia em um curso de atualização, durante a faculdade, e desde então me apaixonei por essa área. É um trabalho lindo, que requer paciência e dedicação. <br />
A fisioterapia animal é uma área da medicina veterinária que trabalha o animal como um todo, e não apenas o seu problema localizado. Pois o seu problema, por menor que seja, acarreta em compensações em todo o seu corpo, gerando problemas que vão se acumulando com o passar do tempo. <br />
Nesse blog, irei abordar as doenças mais comuns de cães e gatos que são encaminhadas para o tratamento fisioterapêutico, e as manobras manuais e aparelhos mais comumente usados, como o laser terapêutico, eletroterapia e ultrassom terapêutico. Também irei postar alguns casos que atendi e suas evoluções, com vídeos e fotos, e descrição do tratamento feito, propiciando assim uma melhor visualização dos resultados do tratamento.<br />
Espero que gostem!Lizandra Fernandes Leite - Médica Veterináriahttp://www.blogger.com/profile/05655264088125616958noreply@blogger.com0