quinta-feira, 25 de agosto de 2011

CÃES - Síndrome da cauda equina.

A  cauda equina é um "conjunto de nervos" que fica logo após o término da medula propriamente dita. Alguns dos nervos periféricos que formam a cauda equina e que tem importância clínica são os nervos isquiáticos (L6-L7-S1); nervos pudendos (S2 e S3); nervos pélvicos (S2 e S3) e nervos caudais (Cc1 a Cc5). Alguns estudos demonstraram que as articulações lombossacrais possuem mais mobilidade do que outras articulações da coluna, o que pode influenciar a maior incidência de doenças degenerativas nessa região.

A síndrome da cauda equina (SCE) também pode ser chamada de estenose do canal vertebral lombossacro, instabilidade lombossacra, entre outros. A estenose do canal vertebral é uma designação que abrange vários distúrbios que resultam em estreitamento do canal vertebral lombossacro, o que acarreta em compressão da cauda equina. O temo SCE descreve um grupo de sinais neurológicos que resultam de compressão, destruição ou deslocamento das raízes nervosas e dos nervos espinhais que formam a cauda equina por várias causas (incluindo estenose do canal vertebral lombossacro).

A estenose do canal vertebral lombossacro é um distúrbio adquirido de cães de raças de grande porte que resulta de todas ou várias das alterações que se seguem:
- Protrusão de disco tipo II (abaulamento dorsal do ânulo fibroso);
- Hipertrofia e/ou hiperplasia do ligamento interarqueado;
- Espessamento de arcos vertebrais ou facetas articulares ;
- Subluxação/instabilidade da junção lombossacra.
Nos cães, o problema encontrado com mais frequência é um "deslizamento" ventral do sacro com relação ao corpo da vértebra L7.


Radiografia de um cão. Localização das vértebras L7 e S1. Fonte: http://dc109.4shared.com/img/5rmQnn0s/preview.html

Em um estudo, 30% dos cães da raça Pastor Alemão que apresentavam sinais clínicos de compressão da cauda equina tinham anormalidades radiográficas e patológicas compatíveis com osteocondrose da placa terminal sacral.

Sinais clínicos
A SCE é mais comum em cães de grande porte, como o Pastor Alemão. Os machos podem ser mais acometidos que as fêmeas. Os cães que tem a forma congênita da doença, geralmente são de raças menores.
Os cães acometidos, na maioria, tem entre 3 a 7 anos; porém a doença pode ocorrer em qualquer idade.
É uma doença rara nos gatos.

Os principais sinais clínicos incluem:
- Dor aparente à palpação da região lombossacra, à extenção caudal dos membros pélvicos ou quando o cão eleva a cauda;
- Dificuldade para levantar;
- Claudicação (mancar) em membro pélvico - geralmente de um lado só;
- Atrofia muscular dos membros pélvicos;
- Paresia da cauda;
- Desgaste dos dedos;
- Incontinência urinária e/ou fecal ou micção inadequada, pois o cão não consegue assumir a posição correta;
- Automutilação do períneo, da cauda ou dos membros pélvicos;
- Parafimose (raro).

Na maioria dos casos, os sinais clínicos vão progredindo com o decorrer do tempo. Podem facilmente ser confundidos com sinais de displasia coxofemoral ou mielopatia degenerativa.

No exame neurológico, há déficit da marcha que está relacionado com a paresia do nervo ciático (faz com que o cão arraste os dedos). Pode haver depressão ou ausência da propriocepção consciente (quando o cão não consegue virar a pata para a posição normal, veja figura) e os reflexos patelares normalmente estão normais ou exagerados. Reflexos de flexão ausentes ou diminuídos nos membros pélvicos; tônus anal e reflexos do esfíncter anal diminuídos; bexiga atônica; hipoestesia do períneo e da cauda e atrofia muscular.

Cão da raça Pastor Alemão com perda de propriocepção (pata "virada" para cima).

Diagnóstico
- O diagnóstico é fechado com base nos sinais clínicos que o animal apresenta, juntamente com a radiografia. 
- A radiografia simples pode determinar alterações importantes como diminuição de espaço entre L7-S1,  doença articular degenerativa nesse mesmo local, deslocamento ventral do sacro em relação a L7, entre várias outras. Outros exames mais precisos, que fornecem informações que a radiografia simples não fornece são: tomografia linear, eletromiografia, radiografias contrastadas, mielografia, epidurografia, ressonância magnética, entre outros.

Tratamento
- Quando o cão apresenta sinais discretos ou quando o único problema é a dor lombossacra aparente, confinamento e exercícios com guia por 4-6 semanas geralmente melhoram com o passar do tempo. Pode-se usar analgésicos ou corticóides, sempre acompanhado pelo veterinário.
- Para os cães que recebem somente o tratamento clínico, os sinais podem recidivar. Quando a opção é por não fazer a cirurgia, a fisioterapia é essencial para manutenção do paciente. 
- Quando os sinais clínicos vão de moderados à grave (especialmente os que tem incontinência urinária/fecal) ou há recidiva, deve-se pensar em cirurgia descompressiva da cauda equina. 
- PÓS CIRÚRGICO: Os cães devem ser confinados por 2-4 semanas após a cirurgia. As complicações do pós operatório incluem seroma no local da cirurgia e cicatriz de laminectomia. Cães que passaram pela cirurgia, devem ter acompanhamento rigoroso do veterinário e controle da dor.
- Antes da cirurgia, quando há atonia vesical (bexiga não consegue liberar a urina), deve ser feito o esvaziamento manual da bexiga 3 vezes por dia.

Prognóstico:
- O prognóstico depende da gravidade dos sintomas antes da cirurgia. Pode-se esperar retorno normal das funções para cães que tinham sinais discretos antes da cirurgia. Cães com atonia vesical ou esfíncter anal flácido antes da cirurgia tem um prognóstico pior.

FISIOTERAPIA
A fisioterapia é imprescindível para cães que tem síndrome da cauda equina, especialmente àqueles que não irão passar pela cirurgia. 

- Para cães que fizeram cirurgia:
A fisioterapia aqui irá tratar especialmente a dor e os estímulos proprioceptivos. Mobilização articular passiva, massagem, estímulos como a escovação por exemplo. 
É usado o TENS para controle da dor, laser para manutenção das articulações e também como antiinflamatório e para a dor. Ultrassom terapêutico (UST) também pode ser usado antes dos alongamentos.

- Para cães que não fizeram cirurgia:
Aqui a fisioterapia é muito importante e não deve ser deixada de lado. Irá manter o cão sem dor e fazer muitos estímulos proprioceptivos, o que é fundamental no tratamento. Faz-se o uso de TENS (dor), laser (dor e estímulos regenerativos), UST (para preparar a musculatura para o alongamento), escovação, massagem, mobilização passiva, pedalagem, entre outros. Quando o cão consegue andar e não demonstra dor, pode ser usada a pista de obstáculos (bem baixinho) para estimular a propriocepção do cão durante a marcha.


Paciente Jobe Júnior, Pastor Alemão, 11 anos. O diagnóstico é de SCE + displasia coxofemoral. No vídeo, fazendo exercícios proprioceptivos com obstáculos. O Júnior continua em tratamento.

Referência: Tratado de medicina interna veterinária - Ettinger e Feldman, 2004.



quarta-feira, 13 de julho de 2011

GATOS - Síndrome da queda de grande altura.


Essa é uma situações que muitos proprietários de gatos que moram em apartamento passam. Essa síndrome descreve o conjunto de lesões sofridas por qualquer animal que caia de uma altura considerável de, geralmente, no mínimo 2 andares (cerca de 3,6 metros por andar). Essa é uma síndrome comum para gatos mais jovens, que vivem em área urbana, prédios e que não tenham as janelas e sacadas teladas. O termo grande altura se refere aos elevados edifícios dos quais caem animais. 

O índice de sobrevivência para gatos que sofrem esse mal, é animador, cerca de 90%. Em um recente estudo feito sobre essa síndrome, 3% dos gatos estavam mortos ao chegar ao local, 37% precisaram de tratamento para sustentação vital, 30% precisaram de tratamento não emergencial e 30% dispensaram qualquer tipo de tratamento. Os gatos que sobrevivem 24 horas após a queda raramente morrem por causas relacionadas com a síndrome. 

Essa sequência ocorre com todos os gatos que caem. Quando a altura é mais de 7 andares, ele fica relaxado e preparado para aterrissar.

Quando a queda tem uma distância de até 7 andares, há um aumento nas lesões que os gatos sofrem. Acima dessa altura, o número de lesões (principalmente fraturas) permanece o mesmo ou diminui. Acredita-se que isso ocorra porque gatos que caem de uma altura elevada (mais de 7 andares) atinjam a velocidade final de queda (cerca de 96 km/h) e nesse ponto o aparelho vestibular não é mais estimulado. Quando a queda é menor do que 7 andares, o ponto de velocidade máxima não é atingido, então a estimulação vestibular contínua resulta em rigidez dos membros e a incapacidade do animal se preparar ao máximo para uma aterrissagem horizontal. Com essa incapacidade de preparação, é desigual e menor a força de distribuição do impacto, que com as extremidades rígidas, causam mais fraturas e outras lesões. 


Para o diagnóstico deve ser feito um exame físico completo e, nos gatos que apresentem angústia respiratória, deve ser feita a toracocentese diagnóstica e terapêutica antes da realização do raio x. Devem também ser feitos alguns testes de avaliação rápida como proteína total, volume globular, BUN, glicose do sangue, tira reativa para urina e densidade urinária. Esses testes ajudam a identificar os gatos que estão em choque e/ou gatos que estejam com perda de sangue ou comprometimento urinário. 
Também devem ser feitas radiografias torácicas e abdominais assim que o gato estiver estável e, se houver suspeita de traumatismo ou derrame abdominal deve ser feita uma abdominocentese (o líquido colhido deve ser enviado ao laboratório para análise). 

O tratamento desses gatos inclui: 
- Toracocentese (para todos os gatos que apresentem dispnéia);
- Oxigenioterapia (para gatos com dificuldade respiratória);
- Fluidoterapia de suporte (quando há choque ou desidratação. Quando há lesão bucal, pode ser necessária fluidoterapia prolongada);
- Reparos de fraturas, ferimentos e outras lesões (reparos que devem ser feitos quando o gato estiver estabilizado);
- Apoio nutricional (em alguns casos é necessária alimentação com sonda esofágica ou gástrica);
- Fisioterapia para os muitos casos em que há fraturas ou outras lesões como feridas extensas. A fisioterapia é importante, sendo no pós operatório ou para gatos que não necessitem de cirurgia.

Fisioterapia para gatos que sofreram síndrome da queda de grande altura:
A fisioterapia é uma ferramenta muito importante para a recuperação desses gatos. Deve ser iniciada assim que o gato foi estabilizado e/ou passou pela cirurgia de reparo das fraturas. 
- Pós operatório de fraturas: É usado o gelo no início (crioterapia), para evitar edemas e melhora da dor e inflamação. Para a dor, pode ser usada o TENS e, quando o gato fica alguns dias sem apoiar a pata, é usado o FES (eletroestimulação funcional). O uso do laser acelera a formação do calo ósseo, diminui a dor e a inflamação. O ultrassom terapêutico não pode ser usado em todos os casos, pois quando há placa, pinos ou cerclagem, pode haver um aquecimento exagerado do local, provocando lesões (se usado no modo contínuo). Aqui também entram os alongamentos, exercícios passivos de mobilização, massagem e exercícios ativos com bola, pranchas e pistas de obstáculos. 
- Sem cirurgia: Esse é o caso de gatos que não vão fazer cirurgia, mas têm alguma lesão extensa de pele, que não pode ser suturada. O laser terapêutico é ótimo cicatrizante e deve ser feito diariamente. Aqui também entram os gatos que sofreram alguma fratura que não será operada, como no quadril ou nas costelas. A fisioterapia para esses pacientes é fundamental e proporciona mais conforto e qualidade de vida. 


Bibliografia: O paciente felino - segunda edição. Gary D. Norsworthy, et al. 

sábado, 18 de junho de 2011

Condicionamento físico de cães atletas - Parte 2



Fortalecimento
A força muscular pode ser definida como a capacidade de um músculo ou grupo muscular de gerar tensão e uma força resultante. A força muscular é muito importante para cães de corrida. A força está intimamente relacionada à velocidade, como nos Greyhounds de corrida, que são muito fortes e podem alcançar uma velocidade de até 70km/h. O hormônio do crescimento pode aumentar a massa muscular em cães.


Exercícios
Os exercícios de fortalecimento muscular se baseiam em alguns princípios básicos gerais, como o da especificidade e da sobrecarga.


- Princípio da especificidade: se refere à necessidade de treinamento dos sistemas do corpo usados durante uma atividade esportiva. Esse princípio aplicado no fortalecimento muscular visa o fortalecimento e treinamento dos grupos musculares responsáveis por uma ou várias ações necessárias para que o exercício seja realizado. O programa de fortalecimento deve ser específico para cada cão, direcionado ao tipo de atividade muscular necessária para a execução do exercício que o cão faz. Vamos dar um exemplo de um cão atleta que participa de competições de frisbee. Esse cão, em particular, acelera rapidamente em linha reta, salta, desacelera, vira-se, novamente inicia uma corrida e pula sobre um obstáculo. Então, para esse cão, o plano de fortalecimento dos membros pélvicos deve ser feito para aumentar a aceleração da corrida e o impulso do salto. Já o programa para seus membros torácicos será direcionado para aumentar a capacidade de desacelerar e girar o corpo.


Frisbee com cães
Cão praticando frisbee


- Princípio da sobrecarga: é o fator mais importante no programa de treinamento. O princípio diz que para aumentar a força (ou a resistência), deve-se empregar uma carga excedente à capacidade metabólica dos sistemas muscular e cardiorrespiratório durante o exercício. Esses sistemas devem ser exercitados até que cheguem à fadiga, para que se alcance uma melhor performance esportiva. 


Os exercícios de fortalecimento incluem trote, trote em superfície inclinada, brincadeiras controladas usando bolas, puxar pesos ou carroças, galope, natação, dança, recuperação e carrinho de mão. Atividades de velocidade incluem a aceleração e desaceleração rápidas em aclives e declives, brincadeiras com bolas e até brincadeiras e corridas com outros cães.


Natação

Resistência
A resistência é extremamente importante para cães atletas que fazem atividades de esforço prolongado, como o pastoreio. Os exercícios aeróbicos de resistência geralmente exercitam os grande grupos musculares por mais do que 15 minutos, e são realizados várias vezes por semana. A atividade aeróbica é responsável pelo aumento (a longo prazo) da oxigenação e vascularização dos tecidos musculares; e também pela perda de peso. Também nesses atletas se observam outras mudanças, como a diminuição da frequência cardíaca em repouso e aumento da capacidade de volume cardíaco, o que resulta em diminuição da pressão sanguínea em repouso, entre outras melhoras. 
Todos esses fatores contribuem para um melhor desempenho esportivo. O treinamento também deixa mais fortes os ossos, músculos e tendões; e aumenta a resistência dos ligamentos e das cartilagens. 

Se o cão não tiver fatores como obesidade e deformidade nos membros, por exemplo, a atividade física não irá predispor à osteoartrose. Para o treinamento de resistência são usados o trote, a natação, esteira aquática ou terrestre e tração. 


Esteira aquática

Equilíbrio e Propriocepção
As atividades físicas melhoram o equilíbrio e a propriocepção. O equilíbrio é a capacidade de adaptação durante a locomoção ou estação, sendo que também está relacionado ao ajuste na mudança de direção ou de superfícies. A propriocepção é a percepção inconsciente do movimento e da orientação espacial gerada pelo corpo. Para um melhor desempenho nas atividades do cão atleta, a propriocepção e o equilíbrio devem estar aprimorados. O treinamento proprioceptivo pode ser feito com caminhadas em círculo ou em 8 e atividades de transposição de objetos de diferentes tamanhos e formatos. Os exercícios de equilíbrio são os que exigem uma resposta rápida à mudança de inclinação, como trampolim, natação e prancha de equilíbrio. 


Gangorra de agility

Outras atividades de equilíbrio e agilidade incluem transposição de cavaletes, mudanças rápidas de direção durante o trote ou galope, exercícios com bola terapêutica, dança, carrinho de mão, cabo-de-guerra e brincadeiras controladas com bolas. 


Brincadeira controlada com bola

Outro ponto muito importante no plano de condicionamento físico é o repouso. O repouso auxilia na prevenção da fadiga muscular e de lesões por uso excessivo. Entretanto, quando o cão está condicionado, as pausas para repouso são diminuídas, além de ser responsável pela redução das taxas de ácido lático circulante ao término de atividades musculares intensas. 
Além disso, o condicionamento físico previne a síndrome da rabdomiólise, que ocorre pelo acúmulo de íons hidrogênio no tecido muscular durante o exercício; edema e isquemia musculares; morte de hemácias localizadas nos tecidos musculares; mioglobinúria e insuficiência renal. Essa doença é mais comumente observada após exercício intenso e em cães com pouco condicionamento físico.


domingo, 5 de junho de 2011

Condicionamento físico de cães atletas - Parte 1

Retirado do livro Reabilitação e fisioterapia na prática de pequenos animais, dos autores Levine, D. et al.


O condicionamento físico pode ser definido como o processo de preparo físico e mental para a realização de uma atividade física intensa. Um cão atleta bem condicionado e treinado requer um proprietário, treinador ou tratador comprometidos com o programa de condicionamento bem definido. O treinamento cardiovascular e musculoesquelético são partes fundamentais do programa. O treinamento também é importante, pois ensina o cão atleta as especificidades de cada atividade esportiva, também influenciando no comportamento do animal.

O condicionamento inicia precocemente na vida de um cão atleta, porém exercícios intensos são contra-indicados quando filhotes, porque as epífises ósseas ainda estão abertas. Cada tipo de cão tem um período diferente de fechamento das epífises. Antes do fechamento das epífises, o condicionamento se restringe a brincadeiras e atividades voluntárias (corridas e caminhadas).


É importante que o animal seja testado ou que tenha sua família analisada, para evitar que doenças exacerbem, como a displasia coxofemoral. O condicionamento propriamente dito se inicia na puberdade, quando os hormônios andrógenos surgem, pois são importantes para o desenvolvimento muscular.


Alimentação
Outro ponto chave no condicionamento de cães atletas é a nutrição. Ela deve ser balanceada e completa, com ingredientes de qualidade, de preferência ração super premium. É importante para manutenção e crescimento do cão atleta. Durante o período de exercícios intensos, os cães não devem ser alimentados. O esvaziamento gástrico é atrasado em mais de 1 hora pelos exercícios quando o cão é destreinado.
A hidratação é de suma importância, devendo ser fornecida água de qualidade à vontade, principalmente em ambientes mais quentes.


Sistema cardiovascular
Durante a realização de exercícios físicos, ocorre um aumento na frequência cardíaca e na pressão arterial. Com o tempo, também ocorre aumento de hemácias no sangue. A frequência cardíaca é maior em cães obesos sendo exercitados do que em cães com peso normal. Com o tempo, o treinamento leva à adaptação do sistema cardiovascular. Estudos em humanos atletas revelaram uma diminuição da frequência cardíaca quando a pessoa está em repouso. Esse fato é particularmente observado durante o treinamento de resistência, mas também se apresenta como resposta ao treinamento de fortalecimento.

Testes de preparo
A resistência e adaptação ao exercício são avaliadas por meio de corrida em esteira, testes de caminhada com duração de 6 minutos ou pela performance física do cão durante atividades em espaço aberto como gramado, campo ou pista.



Início do condicionamento físico
Durante a montagem de um plano de treinamento, é feita a escolha da frequência, intensidade e duração dos exercícios. A frequência é definida como o número de ciclos de exercício em um período de tempo (por sessão, dia ou semana). Em excesso podem ter impacto negativo no treinamento, irritar uma condição existente ou causar uma lesão, por causa do repouso insuficiente, a fadiga muscular ou cardiovascular excessiva, ou do estresse colocado sobre os tecidos durante a atividade. Não existem descrições científicas sobre os parâmetros ideais de exercícios de condicionamento físico e manutenção de cães atletas. O programa será feito especificamente para o seu cão, por um médico veterinário capacitado.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Escaras de decúbito

As escaras de decúbito são muito comuns em pacientes com problemas ortopédicos e neurológicos. É um problema que nos deparamos frequentemente, e muitas vezes os proprietários não sabem como agir ao ver o cão sofrer com as escaras. Abaixo vou colocar uma explicação resumida sobre as escaras de decúbito, que tirei do livro Reabilitação e Fisioterapia na Prática de Pequenos Animais, dos autores Levine, D. et al.


As úlceras de decúbito em pacientes veterinários estão relacionadas a alta morbidade e altos custos para o proprietário. Geralmente, as úlceras de decúbito são geradas pela aplicação prolongada de pressão sobre a pele que recobre uma proeminência óssea, resultando em um tecido isquêmico local ou regional. A progressão dessas úlceras é influenciada por outros fatores, como umidade, fricção e cortes. Algumas doenças como paralisias, doenças vasculares, doenças metabólicas (diabetes ou hiperadrenocorticismo) e desnutrição, podem aumentar o risco de desenvolvimento das úlceras de decúbito. 

Na medicina veterinária, observa-se que a maioria dos casos está relacionada a pacientes com dificuldades locomotoras ou muito debilitados. Os cães obesos e de grande porte são mais suscetíveis ao desenvolvimento de úlceras de decúbito, pelo maior peso corporal.

As localizações anatômicas mais comumente afetadas pelas úlceras de decúbito são:
- MEMBROS PÉLVICOS: trocanter maior (articulação coxofemoral), tuberosidade isquiática (no quadril, perto do ânus), calcâneo (calcanhar), maléolo lateral da tíbia (tornozelo) e face lateral do quinto dedo.


- MEMBROS TORÁCICOS: acrômio (ombro), olécrano (colovelo), epicôndilo lateral do úmero (colovelo), face lateral do quinto dedo.


Prevenção
O reconhecimento dos fatores de rico é o primeiro passo a ser tomado para a prevenção do desenvolvimento das úlceras. Pacientes com limitação da mobilidade (em particular os cães de grande porte), tem alto potencial para desenvolver as escaras (ou úlceras de decúbito).
O mais eficiente para a prevenção é o leito correto, que deve ser macio (de preferência colchão de ar de uso veterinário). Deve-se virar o paciente de lado, a cada duas horas, e a pele deve ser mantida limpa e seca.
A avaliação das condições da pele devem fazer parte de uma rotina diária. A identificação e monitoração nas fases iniciais resultam em uma cicatrização mais rápida e efetiva. Os pelos devem ser cortados, pois retém umidade (urina e fezes) e camufla a real situação da pele, retardando o início das medidas preventivas ou o tratamento. Assim que a lesão for identificada, deve ser classificada e descrita. Mensurar a escara com fotos diárias ajuda a observar a progressão ou regressão das escaras de decúbito.

Tratanento
Deve ser feito o debridamento de todas as escaras (remoção dos tecidos inviáveis). Esse processo acelera a cicatrização pois cria um ambiente livre de infecções e tecidos necrosados. Após o debridamento, a ferida irá cicatrizar por segunda intenção.
Vários medicamentos tópicos apresentam efeitos potenciais na cicatrização, principalmente quando aplicados durante a fase inflamatória do processo cicatricial. Se houver infecção, será necessário iniciar uma antibioticoterapia. Úlceras mais avançadas podem precisar de reconstrução cirúrgica.
Independente do tipo de tratamento escolhido, a ferida deve ser mantida livre da ação de forças. Proteger a ferida contra a umidade, microrganismos, pressão, cortes e fricção é essencial para obter bons resultados.
Na fisioterapia, o tratamento de feridas de decúbito é essencial no programa de reabilitação.

domingo, 3 de abril de 2011

Paciente Pretinha - Displasia Coxofemoral

Assista ao video do tratamento da Pretinha, uma Border Collie, fêmea, hoje está com pouco mais de um ano; um caso muito interessante de displasia coxofemoral bilateral em grau avançado (subluxação, arrasamento do acetábulo, remodelamento da cabeça femoral).

O tratamento dela começou em 22/08/2010 e terminou em 01/04/2011, e incluiu fisioterapia, cirurgias e medicamentos.
Por ela ser filhote (iniciou a fisio com 8 meses), a recuperação foi muito rápida, principalmente após a segunda cirurgia, pois ela fazia sessões de fisioterapia há alguns meses -- podemos observar a importância da fisioterapia pré-operatória!

Espero que gostem do vídeo:




Qualquer dúvida: li_vet09@hotmail.com

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Sites animais!!!

Aqui vão alguns links de sites e blogs muito úteis e interessantes.. Aposto que terá alguma opção ideal para o seu pet!!

- Esse blog tem idéias muito interessantes para pets idosos ou com problemas articulares, que não conseguem mais subir no sofá ou na cama. São escadinhas e rampas muito charmosas, que dão um toque especial à decoração da sua casa e ajudam o seu cão a subir, sem prejudicar as articulações. As escadinhas podem ser usadas também para as pessoas se sentarem!!!

http://petescadas.blogspot.com/

- Matéria sobre o dog walker, um profissional mais necessário a cada dia! Para donos de cães que não tem tempo ou não gostam de passear com seu cão. Exercício é fundamental para a saúde física e mental dos cães!

http://blogs.jovempan.uol.com.br/petrede/mercado/entenda-o-que-faz-um-dog-walker/?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+petrede+%28Blog+Pet+Rede%29

- Site da Pedigree, que apóia uma iniciativa muito importante: a adoção de animais!

http://www.adotaretudodebom.com.br/

- Site da Vetcar, que produz cadeirihas e outros acessórios para os cães com deficiência. É muito útil para o tratamento fisioterapêutico desses cães, além de melhorar muito a qualidade de vida, devolvendo à eles um pouco da tão almejada liberdade!!!

http://www.vetcar.com.br/

- Site com roupas muito luxuosas para o seu melhor amigo!

http://www.luxoseluxos.com.br/2009/08/roupas-para-caes.html

- Blog com várias informações interessantes e úteis sobre o comportamento animal.

http://blog.tudodecao.com.br/

- Site do Dr. Pet, muuuito legal!! Vale a pena conferir.

http://www.caocidadao.com.br/

- Alguns sites de boas rações para cães e gatos:

http://www.royalcanin.com.br/
http://www.nestle.com.br/purina/site/index.htm
http://www.hillspet.com/hillspet/utilities/selectLanguage.hjsp
http://www.guabinatural.com.br/
Essa é um pouco mais barata, mas é premium, tenho bons resultados com essa ração:
http://www.totalalimentos.com.br/

EM BREVE, NOVOS SITES!!!!

sábado, 22 de janeiro de 2011

Osteoartrite Canina - Veterinary Focus

           Estive lendo uma revista muito interessante, Veterinary Focus, sobre as doenças articulares em pequenos animais. Vou postar aqui um resumo da matéria de osteoartrite. Para ver a matéria na íntegra, entre em contato pelo e-mail li_vet09@hotmail.com

            A osteoartrite (OA) é uma doença degenerativa das articulações, de progressão lenta, que consiste na perda da cartilagem articular e exposição do osso subcondral. É caracterizada por dor nas articulações. Surgem novas formações ósseas em resposta à inflamação crônica e as lesões provocadas nos tecidos, com o objetivo de reduzir o movimento ou a dor.
 A OA é a doença articular mais comum no homem e nos animais, sendo mais frequente  no cão do que no gato. No ser humano, a prevalência na mulher é duas vezes maior do que no homem, com aumento da incidência após os 60 anos de idade. No cão, o aparecimento da OA primária depende da raça, com idade média de manifestação dos primeiros sintomas oscilando entre 3,5 anos no Rottweiler a 9,5 anos no Poodle. 22% dos casos dizem respeito a cães com até 1 ano de idade. A incidência de OA é potencializada por traumatismos, obesidade, envelhecimento e anomalias genéticas.

Fatores de risco da OA canina
                - Idade: mais de 50% dos casos de artrite são constatados em cães entre 8 e 13 anos. Nos labradores com mais de 8 anos, a OA é tipicamente observável em diversas articulações (cotovelo, ombro, coxo-femoral, joelho).
                - Sexo: tem maior prevalência nos machos.
                - Tamanho: os cães grandes e gigantes são mais prevalentes.
               - Obesidade: em cães, a obesidade e a super-alimentação têm sido associadas ao aparecimento de afecções desse tipo, particularmente a displasia coxo-femoral.
               - Trauma osteoarticular: a prática excessiva de exercício, sobretudo na fase de crescimento, constitui também um importante fator predisponente.
               - Predisposição genética: algumas raças, como o labrador e o pastor alemão, tem predisposição para o desenvolvimento da OA e afecções articulares subjacentes.

Doença articular primária e secundária
                A OA é a doença articular mais frequente em cães, embora geralmente seja observada como um distúrbio secundário a doenças congênitas do crescimento, como a osteocondrite, as deformidades dos membros e alterações de desenvolvimento articular. Entre as causas adquiridas incluem-se os traumatismos, a ruptura do ligamento cruzado, a necrose asséptica, etc.
                O alinhamento incorreto dos membros e os distúrbios da articulação coxofemoral, do cotovelo e do joelho representam as principais causas da OA secundária.  

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Necrose asséptica da cabeça femoral - Descrição da doença

 A necrose asséptica da cabeça femoral (NACF) é uma necrose asséptica não inflamatória da cabeça e colo femorais, mais comum em cães de pequeno porte. Ocorre em animais jovens, antes do fechamento da linha de crescimento do osso. É mais comum em raças como Yorkshire Terrier e Poodle toy.
A causa da NACF não foi estabelecida, mas há algumas teorias, como interferência hormonal, fatores hereditários, conformação anatômica e pressão intracapsular (YOTSUYANAGI et al, 2009).



Cabeça femoral de uma cadela da raça Yorkshire Terrier, com NACF, logo após a excisão cirúrgica (NETTO, THIAGO RAMOS, 2010)
Sinais clínicos:
Os cães acometidos exibem atrofia muscular, encurtamento do membro acometido, dor ao movimento passivo da articulação do quadril e, em alguns casos, crepitação da ACF. Frequentemente há atrofia dos músculos glúteos e quadríceps (músculos da coxa) (PIERMATTEI e FLO, 1999; ETTINGER e FELDMAN, 2004).
Também são observados sinais como claudicação (quando o cão manca) e limitação na amplitude de movimento, e os sinais variam em intensidade para cada paciente. Abdução, flexão e rotação interna da articulação coxofemoral diminuem. Geralmente, a claudicação dos animais afetados vai piorando gradualmente (YOTSUYANAGI et al, 2009).

Diagnóstico:
Além dos sinais clínicos exibidos, o diagnóstico da NACF é confirmado por exame radiográfico da ACF, especialmente em incidência ventrodorsal. Os sinais radiográficos na cabeça femoral só são evidentes depois que a reabsorção vascular do osso necrosado tiver começado (NUNAMAKER, 1985). São observados como áreas mais escuras na cabeça femoral.

Tratamento:
A excisão da cabeça e colo femorais produz resultados mais favoráveis do que o tratamento conservador, que consiste de repouso e analgésicos. Os resultados são melhores, e o tempo de recuperação é menor. Leve claudicação pode permanecer, pois o membro é encurtado pela remoção da cabeça e colo femorais (PIERMATTEI e FLO, 1999). No local, é formada uma pseudo-articulação, que é indolor e funcional.
Muitos animais respondem bem a esta cirurgia, especialmente gatos e cães de pequeno porte, contudo a taxa de sucesso é considerada menor em cães de porte grande, mas alguns respondem bem ao tratamento (FARESE, 2006).

Fisioterapia:
O paciente deve ser encorajado a usar o membro o máximo possível, isto ajuda na formação da pseudo-articulação e mantém a massa muscular e a amplitude de movimento. Cães com boa musculatura tendem a se recuperar mais facilmente, cães que estão acima do peso tendem a ter um resultado pior (FARESE, 2006).

- A crioterapia (tratamento pelo frio) geralmente é utilizada nas primeiras 72-96 horas, com o objetivo de diminuir a inflamação, o edema (líquidos) e consequentemente, a dor do animal no período pós operatório.
É feita através de massagens com gelo, ou bolsas térmicas. O tempo de aplicação não pode exceder 15 minutos. Pode ser feita de 3 a 4 vezes ao dia.
O gelo, e todas as outras técnicas, devem ser aplicadas por um médico veterinário ou sob sua orientação, pois há alguns cuidados a serem tomados, para não causar danos ao animal. 

- O calor pode ser aplicado no membro após 72 horas da realização da cirurgia, do contrário pode aumentar a inflamação.
O calor incentiva o relaxamento de todas as estruturas periarticulares, músculos e tendões. Facilita o movimento entre os tecidos, sendo uma técnica adequada para o uso na recuperação, e cria boas condições para realizar técnicas passivas da fisioterapia, podendo ser benéfico se realizado antes ou durante a sessão de reabilitação. A aplicação do calor é indicada especialmente antes de exercícios e manipulações da fisioterapia (MILLIS, 2005; BOCKSTAHLER, 2006; GRUBB, 2006; SAWAYA, 2007).
O calor superficial é aplicado com bolsas térmicas ou garrafas pet com água aquecida, já o calor profundo, mais utilizado por ser mais eficaz, é conseguido pelo uso do ultrassom terapêutico no modo contínuo.
O ultrassom também pode ser utilizado no modo pulsado, que não aquece os tecidos, sendo indicado em lesões agudas, para controle de quadro inflamatório e reparo tecidual, cicatrização de feridas, aumento da massa óssea, consolidação óssea, hematomas, exudatos e edemas (GRECA et al, 1999; BROMILEY, 2000; BARBIERI e MONTE-RASO, 2007; LEVINE et al, 2008).

-Exercícios terapêuticos:
Quando os cães desenvolvem NACF e passam pelo procedimento cirúrgico, ou mesmo no período pré-operatório, os exercícios terapêuticos podem ser usados para ajudar a eliminar posições posturais compensatórias (como adução do membro devido ao tensionamento do músculo pectíneo), alongar a articulação coxofemoral e reconstruir a massa muscular, principalmente quadríceps, semitendinoso, semimembranoso e glúteos. Os exercícios podem incluir caminhada com coleira, subir ladeiras, escadas, exercícios de senta e levanta, alongamento dos músculos flexores e extensores do quadril e joelho, massagem, mobilização articular de todo o membro pélvico e terapia aquática (natação ou esteira aquática). Exercícios de levantamento de peso podem ser usados para realçar a propriocepção do membro afetado. Esses exercícios incluem ficar parado em superfícies macias, pranchas de equilíbrio ou bolas terapêuticas. Caminhadas com resistência através de elásticos tipo Thera-band® podem ser usados para fortalecer a musculatura do membro (MARCELLIN-LITTLE, 2004). O alongamento dos membros é fundamental, sendo importante para auxiliar o cão a voltar a apoiar a pata ao caminhar.

- O laser terapêutico tem propriedades benéficas, mas como os pacientes acometidos por NACF geralmente estão em fase de crescimento, o laser é pouco utilizado, por ser contra-indicado para epífises ósseas de cães em crescimento.
O laser estimula o metabolismo e a multiplicação celular, portanto apresenta potencial para acelerar o reparo tecidual e a multiplicação celular, sendo também analgésico e antiinflamatório (LEVINE et al, 2008).

- Eletroterapia:
O modo FES é usado quando o músculo está atrofiado ou hipotrofiado, produzindo uma contração muscular e auxiliando o retorno do membro à sua função normal.
O modo TENS é usado para analgesia, sendo muito utilizado em cães no período pós operatório de NACF.

Bibliografia:

BARBIERI, G.; MONTE-RASO, V.V. Tratamento fisioterapêutico pós-operatório do ligamento cruzado cranial em cães. Acta Scientiae Veterinariae, 35, 662-3, 2007. Disponível em <http://www.ufrgs.br/favet/revista/35-suple-2/anclivepa%20artigo%20diversas.pdf> Acesso em 29/11/2008, 15:50.
BOCKSTAHLER, B. The orthopaedic patient: conservative treatment, physiotherapy and rehabilitation. In: Clinical Nutrition Symposium, 2006. Montreux.

BROMILEY, M.W. Physical therapy in equine veterinary medicine: useful or useless? In: Annual Convention of the AAEP, 2000. Proceedings of the Annual Convention of the AAEP, 2000. p. 94-7. Disponível em <http://www.ivis.org/proceedings/AAEP/2000/94.pdf> Acesso em 01/12/2008, 13:00.
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FARESE, J. P. Hip dysplasia: decision making. In: North American Veterinary Conference, 2006. Orlando.

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GRUBB, T. Non-Pharmacologic Pain Relief in Sporting Dogs. In: North American Veterinary Conference, 2006. Orlando. Proceedings of the North American Veterinary Conference Volume 20. Florida: North American Veterinary Conference, 2006. p. 1373-4.  
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MARCELLIN-LITTLE, D.J. Physical rehabilitation of stifle and elbow joints. In: ESVOT Congress, 2004b. Munich. Proceedings of the 12th ESVOT Congress. Germany: European society of veterinary orthopaedics and traumatology, 2004. p. 97-9. Disponível em <http://www.ivis.org/proceedings/esvot/2004/SA/marcellin5.pdf> Acesso em 17/02/2009, 23:21.

MILLIS, D. L. Physical therapy techniques II. In: North American Veterinary Conference, 2005. Orlando. Proceeding of the NAVC. Florida: North American Veterinary Conference, 2005. p. 57-9.

PIERMATTEI, D.L. e FLO G.L.

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Proceedings of the 34th World Small Animal Veterinary Congress, 2009. São Paulo: World Small Animal Association, 2009.
Manual de Ortopedia e Tratamento das Fraturas dos Pequenos Animais. 3ed. Barueri: Manole, 1999.
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Tratado de medicina interna veterinária: doenças do cão e do gato. 5ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.
 
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